CASLA.QUEM SOMOS



BEM-VINDOS BIENVENIDOS

 

CASLA (A Casa Latino-americana do Paraná ) Brasil coloca à sua disposição informações, de amplo interesse e alcance, sobre América Latina: cultura, política, história da música, meio ambiente, literatura, etc.

Queremos, em primeiro lugar, apresentar-nos e falar sobre nossos objetivos e realizações. Queremos, com isso, deixar nossa contribuição para que outros grupos de pessoas, interessados em nosso continente, se associem ao projeto de integração dos povos latino-americanos. Nossa contribuição poderá, talvez, apontar para a construção de uma metodologia de trabalho cultural e político que saiba respeitar e manter a diversidade cultural dos povos do continente e que coloque como prioridade fundamental a conquista plena das liberdades individuais e coletivas e da realização cidadã: o direito a viver dignamente em sua terra, poder expressar-se em sua lingua, manifestar seus credos políticos e religiosos e dispor de seu próprio presente e futuro, com dignidade.

contato@casla.com.br


QUEM SOMOS...

Resumo histórico

1985 Início das Atividades. Discurso de Abertura da Semana Latino-americana proferido pela Dra. Gladys de Souza, Presidente da CASLA

1986 Situação política e Social da América Latina - Eventos

1987 CURSOS: FORMAÇÃO HISTÓRICA DA AMÉRICA LATINA e LINGUA ESPANHOLA Outros eventos

1988 Cursos: Formação Histórica da América Latina -Básico de Lingua Espanhola- Outros eventos

1989 Cursos: Formação Histórica da América Latina -Básico de Lingua Espanhola- A Educação no Brasil, sob outra perspectiva -Educação em Cuba. -América Latina nos anos 90- Seminário

1990 Material Didático:Elaboração de Cartilha contendo informações sobre América Latina, dirigida às escolas de 2° e 3° graus. 1° BOLETIM CILA -Semana América Latina nas escolas.

1991 VISTO PARA AMÉRICA LATINA. Projeto coordenado por estudantes latino-americanos de Bolívia, Perú, Panamá, Uruguay, Venezuela, Colombia, Honduras, Nicaragua, Chile e Brasil

1992 I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA (I CEPIAL) Carta -Resumo da Carta Discurso de Abertura proferido pela Dra. Gladys de Souza.

1993 AMÉRICA LATINA VIVA sob a coordenação de Nicolas Floriani e Dimas Floriani, os mais variados temas foram debatidos em nosso espaço radiofônico, terra, educação, cultura. a realidade sócio-político-cultural de nossos povos fizeram parte de nossas reflexões durante o ano .

1994 II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA ( II CEPIAL) Carta–Resumo da Carta–Discurso proferido pelo Presidente do I Congresso Dr. Dimas Floriani.

1995 Café da manhã na Casla

Projeção do filme: "O último fazedor de canoas" da cineasta paranaense Fernanda Morini

 

1996-2000 Parque da Cultura Latino-americana (Lei no. 9644, de 26 de agosto de 1999).

1985-2000

15 ANOS

PELA INTEGRAÇÃOLATINO-AMERICANA

ANTECEDENTES

Nosso objetivo Principal:

Lutar pela soberania e liberdade dos povos latino-americanos ,

prestando solidariedade e promovendo campanhas de apoio às

suas lutas democráticas visando o respeito aos direitos humanos

através da conquista da cidadania .

 

CASLA: 15 ANOS DE ATIVIDADES 1985-2000

A Casa Latino-americana (CASLA) nasce em 1985, na cidade Curitiba, Paraná.

Desenhava-se, naquele período, um momento singular para os povos do continente, sinalizando para uma conjuntura de redemocratização dos regimes políticos. Assim acontecia com o Brasil das Diretas Já, com a Argentina, idem com o Uruguai; e no compasso de espera estavam Chile e Paraguai que logo mais, para o final da década de oitenta, também inaugurariam o seu regime político civil.

Juntamente com estes novos ventos da democratização dos regimes políticos, América Latina tentava aprofundar uma discussão sobre o papel dos movimentos sociais, da participação mais organizada e sistemática dos atores sociais, enfim, uma sociedade civil capaz de dar respaldo para aquele incipiente movimento democrático emergente. Tratava-se de querer democratizar a democracia, como diria Adolfo Perez Esquivel, prêmio Nobel da Paz da Argentina.

No início, a Casa Latino-americana dedicou-se à tarefa de apoiar essa onde democrática, promovendo debates, organizando eventos, divulgando na mídia a realidade de cada um dos países comprometidos com a mudança. Naquele período inicial, a CASLA funcionava mais como um comitê de solidariedade para com os povos, onde não havia liberdade plena de expressão e de organização política. Já em outubro de 1984, alguns meses antes de fundar oficialmente a CASLA, foi promovido um debate em Curitiba, com mais de 30 representantes dos partidos políticos democráticos do Uruguai, dando assim a conhecer a importante luta pela redemocratização daquele país.

Nesta mesma linha, foram promovidas campanhas de esclarecimento junto à população curitibana e paranaense, sobre a situação política do Chile e do Paraguai.

A luta pelos direitos humanos acabou ganhando espaço muito grande na CASLA e, por ocasião do assassinato de Chico Mendes, a campanha no Paraná, de denúncia da impunidade dos assassinos e de solidariedade com a causa ecológica, foi lançada na sede da Casa Latino-americana.

Pouco a pouco, nos demos conta de que a questão latino-americana era por demais desconhecida no Paraná e no Brasil; latino-americanos eram os outros e não os brasileiros, de preferência aqueles que falavam espanhol.

Uma vez realizada a etapa inicial, de apoio aos processos de redemocratização dos países latino-americanos, iniciamos uma segunda, mais difícil, porém de caráter mais sistemático que foi a oferta de cursos sobre a realidade sócio-político-cultural do Continente, bem como cursos de espanhol. Foram realizados convênios com a Universidade Federal do Paraná, PUC-Paraná, SEPL-IPARDES, Prefeitura de Curitiba-Fundação Cultural, para permitir um amplo acesso aos cursos. Assim, foram realizados 4 cursos consecutivos sobre Formação Histórica da América Latina, com professores especialistas na área, além de palestras e filmes sobre os mais diversos aspectos da realidade social da América Latina. Esses cursos eram oferecidos gratuitamente para lideranças sociais, sindicatos, professores e alunos.

Foram e continuam sendo realizados, também, cursos de música, com instrumentos andinos (quena, charango, bumbo, zamponha), aulas de violão, cursos de tear mapuche (chileno).

Promoveram-se diversas exposições sobre artesanato latino-americano, mostras de acervo (pintura, escultura, cerâmica) amazônico e andino.

O mais importante disso, é que essas atividades são promovidas sempre em parcerias com escolas, e com a participação da comunidade contribuindo assim para que a cultura seja enfocada de maneira viva e coletiva.

Pouco a pouco pudemos ir avaliando os resultados de nosso trabalho. Íamos nos dando conta da importância das atividades educacionais, combinadas com as atividades políticas, no sentido amplo da expressão. Necessitava-se conhecer América Latina na sua complexa diversidade, mas também naquilo que constitui sua singularidade, qual seja, suas raízes históricas comuns, seu idêntico processo de inserção na economia internacional, seus desafios na área social, seus graves problemas derivados de um processo de um "mal" desenvolvimento e das mazelas de um subdesenvolvimento.

Neste sentido, pudemos perceber que se tratava de ampliar nosso trabalho, de maneira permanente, associando-nos a outras entidades que pretendiam assumir atividades voltadas à sistematização do conhecimento e à sua divulgação junto à comunidade. Não se tratava apenas de um trabalho de edição de textos (estes, aliás também importantes), antes, significava identificar interesses políticos de certas instituições (universidades,sindicatos, escolas, movimentos sociais) em relação à questão latino-americana.

A esta altura, a "questão latino-americana" já possuía um conteúdo mais concreto, a saber, necessidade de se conhecer melhor a história, a cultura e os problemas dos povos da América Latina; além disso, buscava-se associar esse conhecimento com atitudes concretas, para identificar soluções para problemas de ordem educacional, dos direitos humanos e de projetos de desenvolvimento alternativo.

Então, a CASLA inspira a criação de um Comitê, formado por instituições do Paraná, de início, mas hoje também de outros países, cuja sigla é CILA (Comitê para a Integração Latino-americana). A rigor, o CILA é um programa que contém uma série de atividades, mas não chega a constituir-se em entidade jurídica. A coordenação política deste programa pertence à CASLA e sua Coordenadora Geral é a Dra. Gladys de Souza, primeira presidente da Casa Latino-americana.

Com o CILA, os trabalhos foram deslocados da esfera pessoal, isto é, o caráter voluntário das pessoas engajadas na proposta da CASLA, para a esfera institucional. Infelizmente, um trabalho desta natureza teve que contar sempre e apenas (o que não quer dizer que seja pouco!) com pessoas abnegadas à causa dos direitos humanos e da integração da América Latina. Mais de cinco anos antes de se falar em Mercosul, a Casa Latino-americana tentava organizar setores da sociedade civil para os desafios da integração, que não pode ser entendida apenas na perspectiva de intercâmbio comercial ou de associações de grupos econômicos. Se a sociedade não souber, por si mesma, escolher os mecanismos de integração (econômica, social, política) mais compatíveis com suas necessidades e interesses, o que de fato acabará ocorrendo será uma caricatura de integração.

Nesta perspectiva, o CILA consegue dar um importante salto, do ponto de vista da organização do trabalho voltado para a América Latina, no Paraná. Em agosto de 1992, realiza-se sob os auspícios do CILA, na cidade de Marechal Cândido Rondon, oeste do Paraná, no campus da FACIMAR, o I Congresso de Educação para a Integração da América Latina (I CEPIAL); foi a primeira experiência interinstitucional no Paraná, que reuniu diversas instituições (acadêmicas, sindicais, movimentos sociais, escolas,etc.) em torno da realização de um Congresso latino-americano de educação para a cidadania, envolvendo setores importantes da sociedade civil.

Estiveram presentes naquele I Congresso, aproximadamente 5.000 pessoas, de diversos estados brasileiros e representantes de 9 países latino-americanos.

Entre julho e agosto de 1994, conseguiu-se realizar o II CEPIAL, desta vez em Maringá, no campus da UEM, onde participaram quase 10.000 pessoas do Brasil e de 14 países da América Latina; debateram-se os seguintes temas: educação pública, meio ambiente (terra, alimentação, saúde e habitação); cultura e política.

O III CEPIAL deveria ter sido realizado em Londrina, norte do Paraná, na sede da UEL, em 1996, de acordo ao compromisso assumido pelo Reitor no momento dos trabalhos plenarios no II CEPIAL.

Deu-se continuidade, após 1997, a diversos projetos educacionais e culturais. A CASLA participa da Comissão Cultural Curitiba Pró-Mercosul, sendo autora de diversas propostas concretas. Destaca-se principalmente o projeto aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores da cidade de Curitiba e sancionado pelo atual Prefeito, Cássio Taniguchi, ou seja, a criação de um Parque da Cultura Latino-americana (Lei no. 9644, de 26 de agosto de 1999). A Secretaria Municipal de Meio Ambiente firmará convênio com a CASLA para que esta última coordene as atividades educacionais e culturais do Parque.

Os desafios e as responsabilidades hoje, para a Casa Latino-americana, são enormes, no sentido de assegurar este trabalho tão importante na divulgação, sistematização e encaminhamento de propostas voltadas para o desenvolvimento social integrado dos povos latino-americanos, pela via educacional e cultural. Este trabalho trará resultados se cada uma das instituições envolvidas com este projeto souber criar as condições interna e externamente para, de forma associada, permitir dar continuidade ao mesmo.

É cedo ainda para a CASLA retirar-se da condução deste projeto. Necessita estar presente e à frente desta iniciativa, instigando, organizando, cobrando, enfim explicitando os rumos políticos, na perspectiva dos direitos humanos, da cidadania e do desenvolvimento social integrado.

Queremos prestar homenagem aqui, em nome de todos, a milhares de pessoas que participaram e participam de uma forma ou de outra, do nosso projeto de uma América Latina menos injusta, mais solidária e mais latino-americana.

AMÉRICA LATINA NÃO É APENAS UMA IDÉIA, É UMA

TENTATIVA PERMANENTE DE SERMOS NÓS MESMOS.


ANO-1985

" Nesses séculos de nossa história,

buscamos nossa identidade cultural, e histórica,

inspirados no índio, no negro, no imigrante e na

fusão posterior das raças; tão bem representadas

pela literatura, pela música , pelo teatro e pelo cinema,

pelo folclore e artes plásticas "

Dra . Gladys de Souza

Presidente da CASLAa Casa latino-americana

Através da divulgação sistemática dos mais diversos aspectos sócio-político-culturais da América Latina, a CASA LATINO-AMERICANA assessora as mais distintas entidades da sociedade civil, interessadas em aprofundar a integração latino-americana, de acordo ao seu estatuto. Esta atividade de divulgação, formação e assessoria é realizada através de publicações, seminários, vídeos, palestras, cursos, programas de rádio, congressos, etc.

Desde seu início , a CASLA tem desenvolvido permanentemente estas atividades, assim como outras, voltadas à defesa dos Direitos humanos e à consolidação do processo democrático na América Latina.

Fundada em Curitiba no mês de junho de 1985, a CASA LATINO-AMERICANA-CASLA- é uma entidade civil, sem fins lucrativos, com registro em cartório n 4.532, declarada de utilidade pública Estadual sob o n 8.505, de junho de 1987, e lei Municipal sob o n 7.470, de 11 de junho de 1990. A CASLA possui sua inscrição de CGC, sob o n 78944642-36.

JORNADA DE SOLIDARIEDADE COM O POVO URUGUAIO-

Antes do período de normalização do processo democrático daquele país, a CASLA contribuiu para divulgar a luta de resistência democrática do povo uruguaio, promovendo um evento político-cultural na cidade de Curitiba, no mês de outubro de 1984, com a presença de políticos, sindicalistas e artistas daquele país que vieram divulgar e intercambiar experiências com o povo paranaense.

O evento político ocorreu nas dependências da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná e as apresentações culturais ( Grupo de Murga "Falta y Resto" de Montevidéu) foram realizadas nas ruínas de São Francisco.

Este evento serviu de exemplo para que se desse continuidade a este tipo de atividade, culminando com a oficialização da CASLA, em junho de 1985, com o apoio do Prefeito Maurício Fruet.

Na luta pela conquista da cidadania e pela afirmação dos Direitos Humanos, a Casa Latino-americana promove em 1985, uma série de eventos e debates sobre a realidade sócio-político-cultural dos países da América Latina:

REALIDADE POLÍTICA CHILENA

Palestrantes: Escritor e professor EMIR SADER ( USP ) Prof. chileno EDUARDO PEREZ Revista Análisis

Professor DIMAS FLORIANI ( IPARDES-UFPR )

 

SEMANA AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS

Este evento marcou a comemoração fundacional da CASA LATINO AMERICANA:CASLA, e teve a seguinte programação:

 

1) ALTERNATIVAS POLÍTICO-ECONÔMICAS DO CONTINENTE

Palestrantes: Dr. MANOEL XAVIER - Senador uruguaio :Partido Socialista

Prof. TEOTÔNIO DOS SANTOS -Sociólogo brasileiro

2) EDUCAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

Palestrantes: CEAAL-UNESCO-CENTRO DE EDUCAÇÃO DE ADULTOS DE AMÉRICA LATINA-BUENOS AIRES

ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES DE ARTIGAS - URUGUAI

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ, PROFª GILDA POLI ROCHA LOURES

ASSOCIAÇÃO DOS PROFESSORES DO PARANÁ

PROFESSORES PARAGUAIOS

 

3) PATRIMÔNIO CULTURAL LATINO-AMERICANO

Palestrantes: Prof. OLIMPIO SERRA e Prof. MAGNO VILELA- REPRESENTANTES DO MINISTÉRIO DA CULTURA

No final de sua saudação à fundação da Casla, o Prof. Magno José Vilela falou:

‘’Acolham esta citação dos versos de Pablo Neruda, poeta chileno, em ‘’Canto General’’,como homenagem dos povos latino-americanos, que ainda se debatem com a espessa noite da opressão, como é o caso do povo chileno. Aceitem-a também como o lema de nossa fraternidade, estampada em nossos corações, e nas paredes desta Casa Latino-Americana.’’

‘‘Hoy a esta casa, padre, entra conmigo.

Te mostraré las cartas,el tormento

De mi pueblo,del hombre perseguido.

Te mostraré los antiguos dolores.

Y para no caer, para afirmarme

sobre la tierra continuar luchando,

Deja en mi corazón el vino errante

Del implacable pan de tu dulzura.’’( Pablo Neruda )

 

4) DÍVIDA EXTERNA

Palestrantes: Prof. DÉRCIO MUNHOZ - UNB

ANTÔNIO MEDAWUAR, jornalista.

5) Durante a realização da semana AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS, em outubro de 1985, apresentaram-se os seguintes conjuntos musicais:

GRUPO BOLÍVIA CANTA- BOLIVIANOS

GRUPO HUAYRA- PERUANOS

GRUPO PANAMÁ- PANAMENHOS

JESÚS RODRIGUEZ- URUGUAIO

ALECIR GOMEZ - PARANAENSE

GRUPO PARAGUAI- VICTOR MANUEL BRITES E OUTROS

GRUPO PUKARÁ

GRUPO D`AMÉRICA- MAURO ROCKEMBACH- COORDENADOR

 

ABERTURA, DA SEMANA ~AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS ~

AMÉRICA LATINA: A BUSCA DE SOLUÇÕES AOS PROBLEMAS COMUNS

PALESTRA proferida pela Dra. GLADYS DE SOUZA, presidente da Casa Latino- americana

"Não se trata aquí de dissecar as diversas teorias e interpretações históricas da América Latina. Trata-se, contudo, de compreender o que é nossa história, condição essencial para criar as bases de um entendimento prático de nossa realidade social e cultural.

Devemos olhar na perspectiva de um caminhar latino-americano que não esconda o passado, que dele não faça "tábula rasa" e sobretudo que esse olhar para diante seja fecundado pelo olhar crítico sobre o passado.

Que essa Guerra del Tiempo não seja somente um recurso que Carpentier utilizava para definir a dimensão temporal imaginária.

O relatório dos conquistadores não é certamente igual aos relatos dos conquistados. As expedições, a pirataria, o escravismo, as cortes, os vice-reinados conformaram a prática, a ótica e o discurso exótico de uma civilização européia que tratava os nativos de bárbaros, para legitimar os métodos de repressão e dominação.

A formação das economias e estados nacionais, no século XIX, moldados sob o formato das sociedades do centro capitalista, mas sem contar com todas as suas vantagens, consolidaram as classes oligárquicas agro-exportadoras que, embora apoiadas em ideais libertadores e nobres, não foram suficientemente revolucionárias para definir um projeto que incorporasse os mais amplos setores populares.

Ousar inovar, ousar imaginar. A política se é muitas vezes estreiteza, paixão cega, interesse de pequenos grupos, pode ser também liberdade, ensaio popular para o entendimento prático das contradições reais da sociedade.

É portanto um aprendizado. A violência que sempre perpassou nosso continente - a lado da retórica e da demagogia, para citar Octávio Paz - foi e é o método de impor os grandes interesses de poucos. Contudo, a história da resistência popular muitas vezes têm caído no engodo da violência dominante, respondendo com violência fácil, desorganizada e imediatista.

Naqueles países onde a tirania não deixou senão como única alternativa a resistência popular armada, fez-se sentir quão forte é a mão do povo quando este junta todas suas mãos. Entretanto, essa resistência vitoriosa tem sido mais fácil naqueles países onde interesse imperialista instalou-se como enclave econômico e político.

Não são somente os interesses imperialistas que impedem a organização política das camadas populares. Interesses não tão longínquos como poderiam parecer à primeira vista, internos, constituem formas complexas, mediações não tão evidentes, associações sólidas e propósitos econômicos e políticos das classes dominantes, enquadrados em molduras atraentes, carimbadas for export, chanceladas pela inteligência progressista que defende o crescimento econômico a todo custo, apologista portanto de um capitalismo moderno, miragem de uma sociedade que poderia ser diferente e melhor; com a única condição que permaneça igual.

O capitalismo tardio do continente, desenvolvido à sombra das grandes potências, aprendeu amargas mas sábias lições nos momentos dos maiores conflitos inter-imperialistas, das crises cíclicas do capitalismo. Assim foi 1914, 1930, 1940 e 1973, crise que se prolonga e persiste.

Foram aqueles momentos que nos ensinaram como melhor caminhar sozinhos. O saldo ainda é pequeno, lentos os resultados. Sem embargo, as conjunturas de crise não poderiam mascarar nossos problemas estruturais. Neste paradigma não entram Cuba e Nicarágua. Ambas saídas de conjunturas revolucionárias. O exemplo atual da Nicarágua ilustra bem as dificuldades que tem um povo, no atual contexto de hegemonia norte-americana, de construir um projeto político autônomo.

Não bastam governos progressistas, se no essencial o Estado não se democratizar de forma substantiva.

A democracia substantiva não existe sem que se alarguem os espaços de participação política de amplas camadas dos trabalhadores e dos subempregados das cidades e do campo, sem que se promova a distribuição de renda, que se adotem políticas sociais básicas de saúde, educação e outras.

A população urbana ocupada na América Latina, em seu todo, passa de 44% em 1950 para 67% em 1980, enquanto a rural diminui de 55% para 32%, no mesmo período.

Apesar dessa mudança na participação relativa dos trabalhadores, o subemprego é persistente, situando-se próximo dos 40% do conjunto do pessoal ocupado das cidades e do campo, segundo cálculos da CEPAL. Só nas cidades, o subemprego passou de 13% para 19% nas últimas 3 décadas.

O capital financeiro, através de seu representante diplomático - o FMI - legitimado por governos fortes do império financeiro, no intuito de preservar suas elevadas taxas de lucro, reduziu as opções de política econômica dos países devedores a jogos contábeis de exportação e importação. Além da insolência em invadir os países para controlar as contas internas, salta à evidência o fato de um só país, ao deter o monopólio da moeda internacional, aumente as taxas de juros quando decide aumentar seus gastos públicos.

Não é ocioso lembrar uma vez mais, que os latino-americanos não pagarão sua dívida, sacrificando ainda mais seu povo, com miséria e fome.

Ditaduras militares ainda persistem no continente em 1985. O imperialismo do norte, na sua gigantesca insolência, financia, promove e legaliza a violência armada contra os povos que resistem de pé e que buscam seu próprio destino. Nada melhor do que a união popular continental para derrotar os agressores.

Não se deve pretender construir uma civilização calcada no ódio e no fanantismo. Porém, um povo não deve calar-se quando não se deixa falar.

Nesses séculos de nossa história, buscamos nossa identidade cultural e histórica, inspirados no índio, no negro, no imigrante e na fusão posterior das raças, tão bem representadas pela literatura, pela música e dança, pelo teatro e pelo cinema, pelo folclore e artes plásticas.

Muito poderíamos falar de nossa história, da saga anônima de um povo sofrido porém digno.

Hoje, inauguração dessa nossa modesta iniciativa, a criação de uma Casa Latino-Americana, local de convergência cultural e política da cidadania latino-americana, é a tentativa de semearmos a busca de soluções aos problemas comuns e que desafiam a criatividade dos setores sociais populares, os trabalhadores líderes de movimentos sociais, artistas, estudantes e outras categorias sociais.

Nesta semana de AMÉRICA LATINA SEM FRONTEIRAS, que hoje se inaugura, serão debatidas questões econômicas, políticas e culturais.

Desejamos as boas vindas a todos os latino-americanos aqui presentes, esperando que este evento seja o início de uma caminhada fecunda e solidária. Não poderíamos deixar de lembrar a memória de nossos heróis, que lutaram por uma América Latina unida, de Simón Bolivar e Ernesto Guevara, para citar os maiores

BEM- VINDOS - BIENVENIDOS TODOS

 

Diretoria - 1985

Dra. Gladys de Souza- Médica, Presidente da CASLA Prof. Dimas Floriani -Sociólogo- Raquel Sizanoski - estudante Profª Mariza Bértoli. Artista Plástica Walter de Souza- Técnico em telecomunicações Elisabeth Azevedo- Socióloga. Aldir Kleinke- Músico.


ANO - 1986

 

" Me place el libro, la densa materia del trabajo poético,

el bosque de la literatura, me place todo,

hasta los lomos de los libros.

Pero,no las etiquetas de las escuelas.

Quiero libros sin escuelas y sin clasificar

como la vida "

Pablo Neruda

O conteúdo programático continua em torno da unificação do caráter da luta democrática dos povos latino-americanos, bem como o realce dessa luta em prol dos direitos humanos. Só assim a integração ganha corpo. A CASLA percebe cada vez mais a importância de romper o isolamento entre os povos latino-americanos, e realiza a seguinte programação em 1986:

SITUAÇÃO POLÍTICA PARAGUAIA

1-Encontro com estudantes universitários de Asunción- Paraguai- Debate

2- Debate na RÁDIO CAPITAL com professores e estudantes paraguaios. Coordenação ISABEL MENDES

EVENTO CULTURAL

Grupos latino-americanos- Prestigiamento a músicos locais. local: Centro Comunitário- Prefeitura de Curitiba

CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS

Encontro de LIDERANÇAS INDÍGENAS , GRUPO CONSCIÊNCIA NEGRA e SEM TERRA

O INDIO NA AMÉRICA LATINA

Encontro de lideranças indígenas na Assembléia Legislativa do Paraná- Curitiba

 

PALESTRAS PROFERIDAS PELA CASLA DURANTE 1986

1) SITUAÇÃO POLÍTICA E SOCIAL DA AMÉRICA LATINA

I) A convite do: Centro Acadêmico Hugo Simas - Fac. de Direito UFPR. Colégio Estadual do Paraná

Palestrante: Dra. GLADYS DE SOUZA

II) Universidade Estadual de Ponta Grossa Palestrantes : Jornalista PAULO SCHILLING- CEDI - SP

Dra. GLADYS DE SOUZA

III) Diretório Central dos Estudantes - DCE - UFPR Palestrante: Dra. GLADYS DE SOUZA FLORIANI

IV) Colégio Medianeira de Curitiba Palestrante: Prof. DIMAS FLORIANI

 

NICARÁGUA: POVO EM LUTA PELA LIBERDADE

Palestras e debates sobre a revolução da Nicarágua Palestrantes:

EMBAIXADOR DA NICARÁGUA- prof. JORGE JENKINS. prof. DIMAS FLORIANI-UFPR Solicitação ao Governo do Estado do Paraná, de apoio técnico à agricultura na Nicarágua.

LIBERDADE PARA OS PRESOS POLÍTICOS CHILENOS

Campanha de solidariedade à luta do povo chileno e arrecadação de recursos com a finalidade de financiar apoio jurídico visando a liberdade daqueles que dela foram privados, pelo regime fascista do General Pinochet.

Em 1986: Diretoria: Dra. Gladys de Souza / Prof. Dimas Floriani / Profª Mariza Bertoli / Elisabeth Azevedo / Aldir Kleinke / Walter de Souza / Raquel Sizanoski.


ANO-1987

" A democratização da informação crítica auxiliará,

certamente, na tarefa de colocar ao alcance da população,

os meios que possibilitem a escolha de melhorescaminhos

para o desenvolvimento sócio-cultural de nossos povos"

Prof. Dimas Floriani CASLA- UFPR

Em 1987, a CASLA realiza dezenas de atividades de caráter eventual e outras permanentes (convênio com a UFPR - Pró Reitoria de Extensão e com a Secretaria de Estado de Planejamento do Paraná, para a realização de cursos sobre História da América Latina). Dentre as atividades de caráter permanente, destacam-se aquelas que visam oferecer um conhecimento mais aprofundado, através de cursos, seminários e palestras sobre a realidade sócio-político-cultural da América Latina.

CURSO FORMAÇÃO HISTÓRICA DA AMÉRICA LATINA

Curso em convênio com a Universidade Federal do Paraná- UFPR (Reitor RIAD SALAMUNI), Secretaria do Planejamento e IPARDES. Aberto à comunidade. Carga Horária: 48 horas, com certificado da UFPR.

Coordenador do Curso Prof. DIMAS FLORIANI

Professores: LUIZ ROBERTO LOPEZ, ENRIQUE AMAYO ZEVALLOS, LUIZ FERNANDO AYERBE

 

ENCONTRO DE LIDERANÇAS INDÍGENAS CONTRA A IMPUNIDADE

"Na última semana assistimos impotentes ao massacre de índios da tribo TIKUNA do Amazonas, por parte dos latifundiários que não vacilam em sacrificar vidas humanas, para se apossarem das terras indígenas. Não nos deixemos levar pela indiferença. Vamos marcar nosso protesto contra a impunidade. Os índios merecem nosso apoio". ( CASLA, 21 de abril de 1987)

Evento foi realizado no período de 13 a 15 de abril, resultando num documento entregue em Brasília, via Governador do Estado do Paraná, como expressão dos anseios dos indígenas brasileiros à nova Constituição em fase de elaboração.

INSTALAÇÃO DA ESCOLA DE MÚSICA VICTOR JARA

Com o intuito de ensinar instrumentação musical de distintas regiões latino-americanas (Andes, pampas, altiplanos, etc.) criou-se uma escola de música, sob a coordenação do Grupo d’América, com o nome do músico chileno Victor Jara, assassinado pela ditadura militar chilena, em setembro de 1973.

EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS

Expositores: FELIPE CASTILLO - CRISTINA PIZARRO -chilenos

MEDICINA SOCIAL NA AMÉRICA LATINA

Palestrante: Dr. SAUL FRANCO - sanitarista e professor de medicina preventiva da Universidade de Antióquia, Colômbia. Co-promoção: NESCO/CEBES/Coordenação de Nutrição da UFPR.

 

CRIANÇA E A QUESTÃO SOCIAL NA AMÉRICA LATINA

Palestrante: Profª JOSEFA ADRIANA FERREIRA - Pedagoga - assessora do IADES - SP.

JORNADA DE AMIZADE COM OS INDIOS KRAHÔ - KAINGANG - GUARANI

Co-promoção: CASLA/DCE-UFPR/UPE Coordenadora: Dra. GLADYS DE SOUZA

" Queremos estabelecer com a CASLA uma relação de companheirismo e amizade nessa luta pela melhoria das condições das comunidades indígenas de Goiás" (ALBERTO HA-POHÍ-KRAHÔ - ALDEIA XUPÉ - GOIÁS).

CURSO BÁSICO DE LINGUA ESPANHOLA

Considerado pela CASLA como importante instrumento político-cultural de integração com os demais povos latino-americanos, o conhecimento da língua espanhola. Convênio PUC/PR-CASLA.

Coordenação do Curso: ELISABETH AZEVEDO. Local:CASLA.

 

O PADRÃO DE INTERNALIZAÇÃO TECNOLÓGICA NA AMÉRICA LATINA

Palestrantes: Prof. CESARE G. GALVAN - economista, professor e pesquisador internacional.

Profa. GINA GULINELI PALADINO - Diretor do CONCITEC - economista.

Coordenador: Prof. DIMAS FLORIANI.

 

ENCONTRO NACIONAL DA MULHER INDÍGENA

Coordenação de ENAIÊ MUIRAQUITÃ. Reunião de diversas lideranças indígenas (femininas e masculinas), em Curitiba, outubro de 1987. Apoio Casa Latino-Americana.

 

MULHERES NA AMÉRICA LATINA "SEMANA DO ASSISTENTE SOCIAL "

Palestrante: Dra. GLADYS DE SOUZA. A convite do Sindicato das Assistentes Sociais.

EDUCAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

Palestrante: Prof. DIMAS FLORIANI.

Local: Colégio Medianeira, Curitiba, Paraná.

Diretoria ANO 1987 : Dra.Gladys de Souza (Presidente) Mariza Bértoli Dimas Floriani João Elio Graciolli

Acacia Ruppel Raquel Sizanoski Elizabeth Azevedo Walter de Souza Aldir Kleinke Mauro Rockembach


ANO - 1988

"Se uma sociedade não se conhece suficientemente

e desconhece as demais e pouco provável que tenha

êxito em definir seus rumos históricos e as tarefas

de seu desenvolvimento"

Prof. Dimas Floriani -CASLA- UFPR

 

HOMENAGEM A OLOF PALME

Palestrante: Sr. KRISTER KUMLIN - EMBAIXADOR DA SUÉCIA NO BRASIL.

debatedores: prof. FRANCISCO DE MAGALHÃES - SECRETÁRIO DE PLANEJAMENTO DO PARANÁ.

prof. DIMAS FLORIANI (SOCIÓLOGO, prof. da UFPR e MEMBRO DA CASLA)

prof. RIAD SALAMUNI (REITOR DA UFPR)

Quem foi OLOF PALME: Ex primeiro ministro sueco é um dos principais da social-democracia contemporânea, assassinado em 1986, caracterizou-se por atitudes firmes em prol da democracia e contra os abusos das grandes potências, como no caso da Guerra do Vietnã, assim como sua decisão de proteger e dar asilo aos perseguidos do Regime Ditatorial chileno do General Pinochet, em 1973.

"Quero manifestar à presidente da CASLA, Dra. Gladys de Souza e a seus dedicados colaboradores, meus melhores agradecimentos. Fiquei bastante impressionado com seu trabalho e espero sinceramente que a Casa Latino-Americana continue a manter-se em suas atuais premissas." (Embaixador Krister Kumlin).

EXPOSIÇÃO DE ARTES PLÁSTICAS E PINTURAS

Expositores: EMILIO BOSCHILIA STELA GIULINAI ELIZETE CHIPANSKI

DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA LATINA: DESAPARECIDOS NA ARGENTINA DURANTE O PERÍODO MILITAR.

Palestrante: SUZANA DILLON (MADRE DA PLAZA DE MAYO - Rio Cuarto, Argentina)

II CURSO BÁSICO DE ESPANHOL

Convênio PUC/CASLA (Coordenadora ELISABETH AZEVEDO)

 

A QUESTÃO DO ESTADO NA AMÉRICA LATINA

Palestrante: Dr. CARLOS ARTUR KRÜGER PASSOS - Diretor Presidente do IPARDES e Prof. da UFPR.

II CURSO: FORMAÇÃO HISTÓRICA DA AMÉRICA LATINA

Convênio: UFPR / IPARDES / CASLA

Coordenador: PROF. DIMAS FLORIANI

Professores ministrantes: DR. LUIZ ROBERTO LOPEZ -UFRS DRA. SUZANA BLEIL DE SOUZA - UFRS

MUDA PARAGUAY

Com o objetivo de apoiar a luta do povo paraguaio, pela democratização de seu país, a CASLA, juntamente com organizações sociais e políticas realizaram este evento.

1) Abertura: "Mostra Muda Paraguay" - com gravuras do artista plástico JOÃO ROSSI -SP entre outros.

2) " Partidos Políticos e Ditadura no Paraguay" - Palestrante : Jornalista EDILIA PIRES - SP.

 

UNIVERSIDADE E SOCIEDADE

Palestrante: Prof. MÁRIO PEDERNEIRAS (Pró-Reitor de Assuntos Comunitários - UFPR).

ENCONTRO DE AGENTES COMUNITÁRIOS- Co-promoção Secretaria do Trabalho do Paraná :CASLA

A ECONOMIA LATINO-AMERICANA NO PÓS-GUERRA

Palestra:Prof. FRANCISCO DE BORJA MAGALHÃES FILHO, SEC. DO PLANEJAMENTO DO ESTADO e prof. da UFPR.

PARANÁ: ORIGENS DOS ATUAIS CONFLITOS

Palestra do Professor DIMAS FLORIANI (CASLA/ IPARDES / UFPR)

PARTICIPAÇÃO DO ÍNDIO NA CONSTITUINTE Relato de ADÃO TERENA (ÍNDIO TERENA)

JORNADA SOBRE ADOÇÃO INTERNACIONAL

Debate sobre aspectos jurídicos da adoção e sobre o tráfico de bebês.

Participação: CURADORIA DO MENOR DO PARANÁ

PROF. JOÃO DOS SANTOS FILHO (UEM / IADES)

PROF. DIMAS FLORIANI (UFPR/CASLA)

DRA. GLADYS DE SOUZA (CASLA)

RECITAIS POÉTICOS MUSICAIS

Atividades semanais, com participação de artistas de vários países latino-americanos.

 

EQUIPE COORDENADORA E EXECUTORA DA CASLA: 1988

Dra. Gladys de Souza (Presidente) Profª Elisabeth Azevedo, João Elio Graciolli, Raquel Sizanoski, Mariza Bértoli.

Walter de Souza, Acácia Ruppel, Prof. Dimas Floriani.


ANO-1989

"Que não haja terra sem homens nem homens sem terra".

 

LUTA EM DEFESA DOS POVOS DA FLORESTA

Homenagem a CHICO MENDES. Debate com entidades ambientalistas, sindicatos, movimentos sociais e autoridades governamentais.Local: CASLA

REFERENDUM POPULAR

Debate sobre o plebiscito realizado no Uruguai (preparatório), a pedido de instituições ligadas aos DIREITOS HUMANOS, em relação ao julgamento de militares envolvidos em torturas e mortes, durante o período de ditadura militar uruguaia.

III CURSO: FORMAÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA DA AMÉRICA LATINA

Coordenação: Prof. DIMAS FLORIANI

Professores ministrantes: LUIZ ROBERTO LOPES - UFRS SUZANA BLEIL DE SOUZA-UFRS

EDUCAÇÃO EM CUBA

Palestra proferida pela profª BEATRIZ DIAZ e profª MARINA MAJOLI - UNIVERSIDAD DE LA HABANA -CUBA.

Co-promoção: CASLA / UEM / UFPR

EM DEFESA DA AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS

Ato público realizado contra a intervenção e presença militar norte-americana no Panamá. Participação de todas as entidades da sociedade civil organizada.

III CURSO BÁSICO DE ESPANHOL Convênio: CASLA / PUC Coordenação: ELIZABETH AZEVEDO

 

AMÉRICA LATINA NOS ANOS 90

Em outubro de 1989, a Casa Latino-Americana convoca entidades e escolas públicas de ensino, sindicatos e movimentos populares para, juntos, desenvolverem um trabalho à procura de novos caminhos para o desenvolvimento integrado da América Latina. As seguintes entidades comprometidas politicamente com os nossos povos compareceram , no intuito de discutirem a instalação de um fórum de debates permanentes, relacionado com a realidade política, cultura e social da América Latina:

SEC. DE PLANEJAMENTO E COORD. GERAL DO ESTADO/PR - PREFEITURA MUNICIPAL DE CURITIBA - UFPR

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO/PR - SEC. MUN. DE EDUCAÇÃO DE CURITIBA - FUNIOESTE IADES / SP

FUNDAÇÃO CULTURAL DE CTBA SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS, ECONOMISTAS e CENTRAIS SINDICAIS DO PR

UNAMI - SEC. DE CULTURA DO ESTADO/PR - UNIVERSIDADES DE LONDRINA, MARINGÁ e PONTA GROSSA

NESTE EVENTO, FORAM DEBATIDOS OS SEGUINTES TEMAS:

1) EXPERIÊNCIA DE INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Palestrante: Prof. GUILLERMO PIERNES - Representante da OEA no Brasil

2) PERSPECTIVAS DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Palestrantes: PROF. DIMAS FLORIANI (UFPR / CASLA) SENADOR FRANCO MONTORO (ILAM-SP)

PROF. JOÃO DOS SANTOS FILHO (UEM / IADES)

Coordenador: PROF. ROMAR TEIXEIRA NOGUEIRA

 

3) EDUCAÇÃO E UNIVERSIDADE NA INTEGRAÇÃO

PROF. JOSÉ KUIAVA - FUNIOESTE/PR

PROFA. ESTELA OKABAYASKI FUZII - (NTE - UEL/PR)

 

4) LUTAS SOCIAIS NA INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA

CENTRAIS SINDICAIS: CUT, CGT, CSC

Ao evento América Latina nos anos 90, estiveram presentes, entre outras, as seguintes autoridades diplomáticas :

CÔNSUL DA REP. DE EL SALVADOR: SRA. CAROL PADILLA CÔNSUL DO PARAGUAI - CARLOS GOANA V.

EMBAIXADOR DA NICARÁGUA: DR. SÉRGIO JIMENEZ EMBAIXADOR DO PANAMÁ: VICTOR BARLETA

CÔNSUL DO SENEGAL - OZIEL MOURACÔNSUL DA REPÚBLICA DO PERU - GUIDO VILLA VICENTE PEREZ

Como resultado deste encontro, é criado o "COMITÊ PARA A INTEGRAÇÃO LATINO AMERICANA" (CILA), que passará a desenvolver, sob a inspiração e COORDENAÇÃO DA CASA LATINO-AMERICANA E DE SUA PRESIDENTE, DRA. GLADYS DE SOUZA, atividades articuladas em todo o Paraná e voltadas à realização sócio-político-cultural da América Latina.

Após várias reuniões com as instituições, elabora-se o estatuto e o plano de trabalho

A EDUCAÇÃO NO BRASIL, SOB OUTRA PERSPECTIVA

CURSO promovido pela CASLA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ - SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE CURITIBA - SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO - SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE POPULAR DO TRABALHO (UPT).

PROFESSORES da UEM: LÍZIA H. NAGEL -FÁTIMA M. NEVES ROCHA -CLAIR FELIS -IVANIRA VERALDO

COORDENAÇÃO: PROF. MARIA LUIZA FRANTZ. Secr.Municipal de CTBA. DRA. GLADYS DE SOUZA -CASLA

 

ENCONTRO NACIONAL DE MULHERES INDÍGENAS

Palestra: A Mulher Indígena do Brasil

Palestrantes: ENAIÊ MAIRÊ (A lingua Guarani)

Dr. MOISÉS PACIORNIK (Saúde da mulher)

Prof. CARLOS ALBERTO FARACO - REITOR DA UFPR

 

INTEGRAÇÃO DOS TRABALHADORES LATINO-AMERICANOS

DEBATE COM AS CENTRAIS SINDICAIS

Co-promoção: CASLA, UPT, SME/CTBA, UFPR, SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS E DOS ADVOGADOS DO PR.

FUNIOESTE IADES / SP

 

EQUIPE COORDENADORA DA CASA LATINO-AMERICANA: 1989

Dra. Gladys de Souza (Presidente) Profª Elisabeth Azevedo, João Elio Graciolli, Raquel Sizanoski, Mariza Bértoli.

Walter de Souza, Acácia Ruppel, Prof. Dimas Floriani.


ANO-1990

A CASA LATINO-AMERICANA OFICIALIZA NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, EM 23 DE MARÇO DE 1990, O COMITÊ PARA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA, FICANDO A COORDENAÇÃO GERAL A CARGO DA CASLA E SEPL, REPRESENTADAS NESTA INSTÂNCIA PELA DRA. GLADYS DE SOUZA.

1° BOLETIM CILA

1° BOLETIM DO CILA, COORDENADO pela prof. ESTELA OKABAYASKI FUZII e prof. DIMAS FLORIANI.

Para este evento, organiza-se um Encontro na UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA, com a presença de reitores, professores e estudantes da UEM, UEL e CASLA/SEPL. Foram proferidas palestras sobre Integração Latino-Americana. (Palestrantes: Prof. HUGO VELA - UEL - e Dra. GLADYS DE SOUZA - CASLA/SEPL).

ESPAÇO LATINO-AMERICANO

No I Congresso Latino-Americano de Legisladores Municipais onde a CASLA participou proferindo a palestra de abertura AMÉRICA LATINA NOS ANOS 90, tendo como palestrante o Professor Dimas Floriani; foi entregue pelo prefeito de Curitiba Dr. Jaime Lerner uma área de 2.631 m2 onde pretende-se construir o espaço para a sede da Casa Latino-Americana, através de doações da comunidade e do governo.

RECONHECIMENTO PELO TRABALHO EM PROL DA INTEGRAÇÃO E DOS DIREITOS HUMANOS

Os VEREADORES DA CÂMARA MUNICIPAL DE CURITIBA, através de requerimento DO VEREADOR JORGE MIGUEL SAMEK (PT), envia CONGRATULAÇÕES À CASLA, tendo em vista o trabalho desempenhado pela mesma.

O PAPEL DO CIENTISTA SOCIAL NA SOCIEDADE BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA

Palestra proferida pelo Dr. DIMAS FLORIANI, em ocasião do "IV Congresso Estadual dos Sociólogos do Paraná".

AMÉRICA LATINA E MOVIMENTOS SOCIAIS

Palestrante Dra. GLADYS DE SOUZA no "IV Congresso Estadual dos Sociólogos do Paraná".

ABORDAGEM DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA LATINO-AMERICANA

CURSO INTENSIVO promovido pela CASLA, nas depedências da UPT, nosdias 13 e 14 de julho de 1990.

IV CURSO DE FORMAÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA DA AMÉRICA LATINA

Prof. Luiz Roberto Lopez - UFRS Profa. Suzana Bleil de Souza - UFRS

Promoção CASLA / IAM - SME/Ctba.

Local: Parque de Ciências - Prefeitura Municipal de Curitiba.

 

AS MISSÕES DE GUAÍRA E A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Palestra proferida na FACIMAR - Mal. Cândido Rondom

Palestrante: Erneldo Schallemberg -Funioeste

 

MATERIAL DIDÁTICO

ELABORAÇÃO e IMPRESSÃO de CARTILHA CONTENDO INFORMAÇÕES SOBRE A REALIDADE LATINO-AMERICANA, dirigida às escolas de 2° e 3° graus. os seguintes artigos foram de autoria de professores que, sem ônus, cederam seus trabalhos:

prof. DIMAS FLORIANI "CRISE ECONÔMICA E AMÉRICA LATINA"

prof. PAULO ASTOR " LITERATURA"

prof. FRANCISCO REHNER "GEOGRAFIA"

prof. SÉRGIO AGUILLAR " PÓVOS PRÉ-COLOMBIANOS"

prof. ADALBERTO FÁVERO "INDAGAÇÕES CONCLUSIVAS"

prof. GERALDO B. HORN "ELEMENTOS DE FORMAÇÃO HISTÓRICA"

desenhistas: NÍCOLAS FLORIANI e RANGHEL FLORIANI.

SEMANA AMÉRICA LATINA NAS ESCOLAS

Relatório final dirigido às autoridades governamentais, sindicatos de outras que fazem parte do CILA:

A Casa Latino-Americana (CASLA) existindo desde 1985, lançou em 12 de outubro de 1989 a criação do Comitê para Integração Latino-Americana (CILA), do qual fazem parte todas as Universidades Públicas do Estado do Paraná, as Secretárias de Educação Estadual e Municipal de Curitiba, as Secretarias de Cultura Estadual e Municipal de Curitiba, Sindicato dos Sociólogos do Paraná, Universidade Popular do Trabalho (UPT), Secretaria de Planejamento do Estado e Coordenação Geral, Instituto de Análises e Desenvolvimento Sócio-Econômico de São Paulo.

Cabe a este Comitê principalmente, entre outras finalidades, manter informada a comunidade sobre a realidade da América Latina. Neste sentido, as entidades integrantes do CILA decidiram apoiar a realização de uma Semana latino-americana nas Escolas do Paraná, proposta pela CASLA.

Reunidos no dia 16 de agosto de 1990, na Superintendência da SEED na presença do Superintendente, Professora Maria Dolores Martinez, representante dos Departamentos de ensino da SEED, da Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, da Universidade Popular do Trabalho (UPT), Fundação Cultural de Curitiba, Sindicato dos Sociólogos e Núcleo Regional de Ensino de Curitiba e Casa Latino-Americana decidiram que o referido evento realizar-se-ia nas escolas de acordo com as possibilidades de cada uma.

O CILA apoiaria no sentido de propiciar aos alunos: 1) assessoria sobre a realidade latino-americana; 2)viabilização de uma exposição com acervo latino-americano, evento que seria acompanhado de palestras; 3)iniciaria a experiência de intercâmbio entre alunos de escolas públicos da América Latina. Na referida reunião designaram-se pessoas que fariam parte das coordenações, possibilitando assim a realização dos trabalhos acima citados.

O Núcleo regional de Curitiba comprometeu-se fazer contato com os 22 Núcleos Regionais de Ensino do Paraná, através de correspondência visando o intercâmbio de sugestões e participação de todas as Escolas do Paraná. Da mesma forma, entraria em contato com 24 estabelecimentos de ensino correspondentes às áreas do Município para a centralização do projeto que seria irradiado para as demais escolas circunvizinhas. A representante da Secretaria Municipal de Educação trataria da, junto à Secretaria Municipal de Educação, a possibilidade de participação das Escolas Municipais de forma mais integrada. Ficou estabelecido que se faria junto à comunidade o levantamento do acervo disponível sobre América Latina, da mesma forma que os países que participariam das primeiras experiências de intercâmbio seria a Bolívia e o Uruguai, entre outros. Concordou-se em convocar estudantes latino-americanos conveniados à UFPR para proferirem palestras nas Escolas. Uma outra proposta da SEED foi de promover a organização de relatórios elaborados pelas Escolas envolvidas na programação que os encaminhariam nos Núcleos Regionais de Ensino servindo de memória sobre o evento. A SEED comprometeu-se na filmagem do evento, assim como do registro fotográfico.

Uma vez decidido o primeiro projeto SEMANA LATINA NAS ESCOLAS, o CILA estabeleceu contatos com a comunidade escolar através dos Núcleos Regionais do Paraná à procura de respostas ao projeto. O contato com os professores da rede estadual, municipal e universitários de Maringá, Mal. Cândido Rondom e Londrina, nos estimulou a continuar o trabalho frente à sua resposta imediata e positiva.

Em Curitiba, o CILA procurou numa primeira instância, pessoas e instituições interessadas na participação e repasse de informações sobre a realidade latino-americana e, na possiblidade de viabilizar o acervo para exposição.

Nestas etapas foram de fundamental importância: SECRETARIAS DE EDUCAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL, as UNIVERSIDADES DE LONDRINA, MARINGÁ E MAL. CÂNDIDO RONDOM, os NÚCLEOS REGIONAIS DE ENSINO, o SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS, a UNIVERSIDADE POPULAR DO TRABALHO (UPT), a SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO DO ESTADO, o SERVIÇO PASTORAL DOS IMIGRANTES entre outras entidades.

A resposta da comunidade possibilitou que o evento tivesse uma repercussão em todo o Paraná.

 

SOBRE O EVENTO

12/10/90 - SEMANA LATINO-AMERICANA NAS ESCOLAS, com a presença das seguintes autoridades:

SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ: profª. GILDA POLI ROCHA LOURES

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: profª. SUELI CONCEIÇÃO MORAES SEIXAS

representando ao SECRETÁRIO ESTADUAL DE CULTURA: profª. JULIETA FIAHO DOS REIS,

CONSULESA DA REPÚBLICA DO PERU NANCY ALIAJA DE CESARIO

representante da UNIVERSIDADE POPULAR DO TRABALHO (UPT): Sr. NILO CÉSAR COELHO

Presidente da Casa Latina Americana e Coordenadora-Geral do CILA, dra. GLADYS DE SOUZA

Destacando-se a presença de PROFESSORES, DIRETORES DE ESCOLAS E ALUNOS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO.

ENTRE OS TRABALHOS QUE FORAM DESENVOLVIDOS DURANTE A SEMANA, DESTACAM-SE O DEBATE REALIZADO NAS PRÓPRIAS ESCOLAS DE TODO O ESTADO, ASSIM COMO AS COMUNICAÇÕES RECEBIDAS DE VÁRIOS MUNICÍPIOS INFORMANDO O ALCANCE DAS ATIVIDADES, COMO EM CORNÉLIO PROCÓPIO, MARINGÁ, LONDRINA, FRANCISCO BELTRÃO E MARECHAL CÂNDIDO RONDOM.

Em Curitiba, como ficou decidido, o CILA cumpriu o projeto estabelecido entre as instituições no dia 16/08/90, com exceção do intercâmbio de alunos, devido a um problema que nos preocupa e impede uma maior integração, que é o livre trânsito entre os países; ir e vir de pessoas constantemente é entravado por trâmites burocráticos que impedem o bom relacionamento entre os povos.

A exposição de artes e os debates realizados no Parque São Lourenço, contou com um valiosíssimo acervo de vários países latino-americanos, cedido pela comunidade e com uma equipe de apoio que difundiu informações de alto nível cultural e político e com ALUNOS DAS ESCOLAS LOUREIRO FERNANDES e LEÔNCIO CORREA que auxiliaram com muita dedicação os trabalhos.

Simultaneamente, profissionais de diferentes áreas e representantes do Corpo Diplomático de vários consulados da América Latina no Paraná proferiram palestras que ajudaram a elucidar algumas questões desconhecidas de alunos e professores sobre a realidade latino-americana.

Como nosso objetivo principal visava a participação de alunos na reflexão e debate sobre a situação da América Latina, consideramos que na mesa redonda "O JOVEM NA AMÉRICA LATINA" realizada no dia 19/10/90, tivermos nosso objetivo maior plenamente alcançado, já que alunos designados por diversas Escolas mostraram através de suas participações espontâneas o real interesse no processo de mudança na América Latina, por intermédio de debates realizados de maneira permanente nas próprias Escolas.

No encerramento da "SEMANA LATINA NAS ESCOLAS", realizou-se uma confraternização, com apresentações de danças, músicas e teatro latino-americano, com a participação das seguintes ESCOLAS: ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI, ESCOLA MUNICIPAL OMAR SABBAG, COLÉGIO ESTADUAL LOUREIRO FERNANDES, COLÉGIO RIO BRANCO, COLÉGIO ESTADUAL DA POLÍCIA MILITAR, ESCOLA ESTADUAL ERNÂNI VIDAL.

Durante a confraternização, o sentimento latino tomou conta das crianças e aflorou os anseios da integração, o querer conhecer melhor os povos irmãos. A apresentação das escolas mostrou com dignidade como foi considerada a semana. Por último, um grupo folclórico de música colombiana, patrocinada pela Editel, mostrou através de sua arte, sua latinidade, à flor da pele.

Como foi colocado no início deste relatório, é de fundamental importância o repasse de informações à comunidade, sobre a realidade latino-americana. Durante essa semana, constatamos que o debate deve ser urgentemente aberto, não só para aqueles que opinam, mas principalmente dar oportunidade para aqueles que não têm chance de fazê-lo.

A integração inter-institucional no Paraná deverá ser uma das metas a ser atingida urgentemente para alcançarmos plenamente nosso objetivo maior, a integração latino-americana. Constatou-se no transcorrer das atividades na preparação das mesmas, a urgência em viabilizar um acervo bibliográfico da América Latina que possibilite manter informada a comunidade.

SEMANA AMÉRICA LATINA NAS ESCOLAS (PALESTRAS)

CHILE NO CONTEXTO DA AMÉRICA LATINA

Luiz Celso Branco - Cônsul do Chile

ASPECTOS CULTURAIS DA BOLÍVIA

Mário Rivero - Diretor Cultural de Montero -Bolívia

EL SALVADOR NO CONTEXTO DA AMÉRICA LATINA

Carol Padilla - Cônsul de El Salvador no Paraná

PANAMÁ E SUAS PECULIARIDADES

Angelis N. Barcenas

AMÉRICA LATINA E SEUS CONTRASTES

Mariano Mattos Macedo - UFPR / IPARDES

SAÚDE NA AMÉRICA LATINA

Iso Ficher - Secretaria de Saúde

COLÔMBIA NO CONTEXTO DA AMÉRICA LATINA

José Manuel Hernández - EDITEL

PERU - HISTÓRIA E CULTURA

Nancy Aliaja De Cesario - Representando o Cônsul do Peru

CULTURA INDIGENA NA AMÉRICA LATINA

Bernardo Broitman -Argentino

AS ÚLTIMAS MUDANÇAS POLÍTICAS NA AMÉRICA LATINA

Carlos Roberto Valiente -Paraguaio

O JOVEM NA AMÉRICA LATINA

Debate entre jovens latino-americanos

GUATEMALA E AMÉRICA LATINA

Carol Canestraro - Representante do Consulado de El Salvador

EQUIPE DE TRABALHO NA SEMANA

GLADYS DE SOUZA - PRES. DA CASLA E COORD. GERAL DO CILA/SEPL, DIMAS FLORIANI, UFPR /CASLA,

MARIA LUIZA FRANTZ-SME, ESTELA GULIANI-FCC, WILMA ESPÍNDOLA SEED/CASLA, RÉNIA DA COSTA, SEPL, NILO RAMOS, UPT, CARMEN SILVIA,SEED, BERNARDO BROITMAN, MARCOS REICHTEIN, MARIA DOLORES MARTINEZ - SEED. WALTER DE SOUZA-CASLA, ELIZABETH DE JOÃO-SEED, MANOEL HERNANDEZ-EDITEL

 

Depoimento da Superintendência de Educação da Secretaria de Estado da Educação, enviado à CASLA:

" O objetivo maior da I SEMANA DE INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA, qual seja o de trazer à baila questões comuns aos países que compõem esse grupo de gente etnicamente tão diversa, mas de sentimentos tão próximos, foi, graças ao trabalho incansável do CILA , da CASLA e da Comissão Organizadora, totalmente atingido".

Com a finalidade de colaborar para a formação de uma memória dos eventos patrocinados por V. S. e equipe, enviamos juntamente com nosso reconhecimento pelo brilhante trabalho desenvolvido, cópia das matérias públicas na imprensa paranaense". (Assinado: Sra. Maria de Dolores Martinez Dib - Superintendente da Educação).

A CASLA participou ainda de diversos Encontros, Seminários e Congressos, em Escolas, Prefeituras, Sindicatos e Universidades

I CONFERÊNCIA DE INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA, na cidade de Barracão.

V ENCONTRO FEMINISTA DA AMÉRICA LATINA E CARIBE, em San Bernardo, Argentina; esteve

presente também à SBPC, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

2 BOLETIM DO CILA

Lançamento na Universidade Estadual de Londrina - Coordenação de Estela Okabayaski Fuzii (Professora do NTE da UEL/PR).

Equipe De Trabalho -1990

Gladys de Souza -CASLA\Cila\Sepl, Dimas Floriani, UFPR\ CASLA,Maria Luiza Frantz-SME, Estela Guliani-FCC,

Wilma Espíndola SEED\CASLA, Rénia Da Costa, SEPL, Nilo Ramos, UPT, Carmen Silvia,SEED, Bernardo Broitman, Marcos Reichtein, Maria Dolores Martinez - SEED. Walter De Souza-CASLA, Elizabeth De João-Seed, Manoel Hernandez-EDITEL


ANO-1991

"O verde circunda nossas vidas, o verde da esperança

a esperança que significa não renunciar à ingenuidade de viver.

Nossos jovens são a esperança estampada no vigor;

a juventude é a própria vitalidade

É verdade que a injustiça social na América Latina mata nossas crianças;

nas ruas, nas favelas, nos campos, mas nossos jovens são tantos

que sempre respondem com o canto da rebeldia, da coragem e da generosidade.

E hoje nós jovens, lançamos um desafio na esperança de mudar

a triste realidade social que impera em nossa querida América Latina."

(Trecho do discurso proferido pela estudante NÁDIA FLORIANI

em nome do Comitê para Integração da Juventude da América Latina - CIJAL,

ao apresentar a logomarca "América Latina 500 anos").

CONCURSO LOGOMARCA " AMÉRICA LATINA 500 ANOS"

Promoção conjunta CASLA -SEED- CILA, com a participação de alunos de 5ª a 8ª série de Escolas Municipais e Estaduais do Paraná. Na premiação dos vencedores estiveram presentes representantes do Ministério de Relações Exteriores e de Educação, assim como dos Consulados latino-americanos, autoridades municipais e estaduais, sindicatos e movimientos populares. A premiação foi oferecida pelo consulado do Paraguai em Curitiba. Leticia do Nascimento Sell- Colégio Santa Maria - Maria Luiza Marcondes -Escola Marechal Cândido Rondon, de Campo Mourão e Joice Adriana Mares- Escola César Lattes, de Cambira foram premiadas e viajaram a Assunção-Paraguai e onde foram recebidas pelo Ministro da Educação daquele país.

VISTO PARA AMÉRICA LATINA

PROJETO COORDENADO POR ESTUDANTES LATINO-AMERICANOS DE BOLÍVIA, PERÚ, PANAMÁ, URUGUAY, VENEZUELA, COLOMBIA, HONDURAS, NICARAGUA, CHILE E BRASIL

Desenvolvido em escolas visando dar a conhecer América Latina, através de experiências de viagens realizadas pelos coordenadores e informações sobre seus próprios países. O projeto foi realizado em escolas públicas e particulares, merecendo congratulações das instituições envolvidas.

 

A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA

Palestra proferida pela presidente da Casla, DRA. GLADYS DE SOUZA, na CÂMARA EMPRESIARAL JUNIOR.

 

A INTEGRAÇÃO DOS POVOS LATINO -AMERICANOS

Palestra na UEL, em ocasião de reunião do CILA para apresentação da logomarca "AMÉRICA LATINA 500 ANOS "

CONSELHO PARANAENSE DOS 500 ANOS

Reunião preparatória do I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA, previsto para agosto de 1992, na cidade de Marechal Cândido Rondom. Local: FUNIOESTE

 

500 ANOS DE AMÉRICA LATINA

Palestra proferida pela presidente da Casla no TEATRO DA PRAÇA DE ARAUCÁRIA, para a comunidade local a convite do DCE

 

CULTURA LATINO- AMERICANA

Palestra proferida pela Dra. GLADYS DE SOUZA- CASLA- CILA SEPL, na PREFEITURA MUNICIPAL DE TOLEDO.

A CASLA participou dos seguintes eventos:

SEMINÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE

Organizado pela SEC. DE SAÚDE DO ESTADO E DO MUNICIPIO DE CURITIBA, com participação da Casla

ENCONTRO PELA PAZ

Palestra proferida pela prof. PEREZ ESQUIVEL PREMIO NOBEL DA PAZ- ARGENTINA

Organizadores: CENTRO HELENO FRAGOSO- CASLA

III ENCONTRO LATINO-AMERICANO PELA SOLIDARIEDADE E AUTO-DETERMINAÇÃO DOS POVOS

SÃO PAULO- CENTRO DE FORMAÇÃO POLÍTICA- CAJAMAR.

CURSO: SAÚDE E TRABALHO

UNIVERSIDADE POPULAR DO TRABALHO.

GRUPO FOLCLÓRICO CASLA

Apresentação nos Municipios de :

CAMPO MOURÃO, MARECHAL CÂNDIDO RONDON, SÃO JOÃO DO TRIUNFO, SÃO MATEUS DO SUL E DOS VIZINHOS.

CIJAL : COORDENACÃO DE INTEGRAÇÃO DO JOVEM LATINO-AMERICANO

Encontro realizado por jovens de América Latina no intuito de viabilizar o intercâmbio de experiências integracionistas entre os mesmos.

COORDENAÇÃO DO CIJAL: NICOLAS FLORIANI, LEANDRO DONATTI, DANIEL SIMEÃO, NÁDIA FLORIANI

AMERÍNDIA

A CASLA E A FUNDAÇÃO CULTURAL DE CURITIBA, promoveram uma série de apresentações e palestras DO FILME AMERÍNDIA DO DIRETOR CONRAD BERNING, no intuito de esclarecer sobre o significado dos 500 anos da América latina

ESTOS EVENTOS FORAM REALIZADOS NOS LOCAIS DAS SEGUINTES INSTITUIÇÕES:

ESCOLAS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL, MUNICIPAL E PARTICULAR, CASA DO ESTUDANTE LUTERANO, PENITENCIÁRIA FEMININA DE CTBA, PREFEITURAS DE ASSIS CHATEAUBRIAND E SÃO JOÃO DO TRIUNFO, UNIVERSIDADE DE PONTA GROSSA, SEC. DO PLANEJAMENTO DO ESTADO DE PARANÁ, ESCOLA EST. DE PIRAQUARA.

ENCONTRO LATINO-AMERICANO EM ASSIS CHATEAUBRIAND

Participação das entidades que compõem o CILA

Palestra : O CILA E A QUESTÃO LATINO-AMERICANA

Palestrante: Dra. GLADYS DE SOUZA.

Local : PREFEITURA DE ASSIS CHATEAUBRIAND

 

II SEMANA AMÉRICA LATINA NAS ESCOLAS

A partir da experiência desenvolvida em 1990, as escolas avançaram na proposta de pesquisa e compreensão da realidade latino-americana.

Em relação ao número de escolas que participaram, superou amplamente a semana de 1990.

Programação da II SEMANA LATINO-AMERICANA NAS ESCOLAS:

DIA 16/11/91:

06:00 HORAS: RECEPÇÃO DE ALUNOS E PROFESSORES DE ESCOLAS DA ARGENTINA.

09:00 HORAS: ENTREGA PELO PREFEITO SR. JAIME LERNER DO TERRENO ONDE SERÁ CONSTRUÍDA A FUTURA SEDE DA CASA LATINO-AMERICANA.

14:00 HORAS: PASSEIO TURÍSTICO EM CURITIBA.

21:00 HORAS: CONFRATERNIZAÇÃO ORGANIZADA PELO C I J A L

 

ABERTURA DA II SEMANA LATINO-AMERICANA NAS ESCOLAS:

DIA 17/11/91

PEÇA TEATRAL - GRUPO E TEATRO DA SECR. MUNICIPAL DE CULTURA DE ASSIS CHATEAUBRIAND - CORAL DO PARANÁ. DANÇAS FOLCLÓRICAS - GRUPO CASLA - GRUPO QUERÊNCIA DO SUL - GRUPO DE ASSIS CHATEAUBRIAND

"AMÉRICA LATINA: IDENTIDADE E CULTURA" PALESTRA (PROFª MARIZA BÉRTOLI - CASLA).

DIA 18/11;91

09:00 HORAS: ABERTURA DA EXPOSIÇÃO CULTURAL LATINO-AMERICANA

PALESTRA: "CELEBRAÇÃO OU COMEMORAÇÃO" (DALZIRA APARECIDA - GRUPO UNIÃO CONSCIÊNCIA NEGRA)

DIA 19/11//91

9:00 HORAS: VISITAÇÃO DE ALUNOS À EXPOSIÇÃO CULTURAL NO PALÁCIO IGUAÇU (CONTINUANDO NO PERÍODO DA TARDE)

11:00 HORAS: CONFRATERNIZAÇÃO ENTRE JOVENS LATINO-AMERICANOS.

19:00 HORAS: PALESTRA: "DIREITO E CIDADANIA NA AMÉRICA LATINA"

PROF. DR. JOSÉ NILO TAVARES - UFRJ, OLIMPIO SOTTO MAIOR- PROCURADOR DA JUSTIÇA DO PARANÁ.

DIA 20/11/91

09:00 HORAS: EXPOSIÇÃO

19:00 HORAS: MERCOSUL Palestra: FRANCISCO DE BORJA MAGALHÃES -UFPR PAULO SCHILLING - CEDI/SP

DIA 21/11/91

ENCERRAMENTO DA SEMANA COM ENCONTRO CULTURAL.

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ENCONTRO CONTINENTAL DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS

A CASLA participou com palestras e exibição de vídeo e convite da Confederação das Associações de Moradores.

Em 1991, a CASLA assinou convênio com instituições de ensino público e particular do Paraná e com sindicatos, no intuito de pesquisar em conjunto propostas que viabilizem a divulgação de informações reais sobre a América Latina. Todas estas instituições fazem parte hoje do Comitê para a Integração latino-americana (CILA).

EQUIPE DE TRABALHO DA CASLA, NO ANO DE 1991:

Dra. Gladys de Souza, Wilma Espíndola, Nicolas Floriani, Leandro Donatti, Nádia Floriani, Maria Virginia Laurini, Meire Patrícia Calle, Maria Gladys Gutierrez, Juan Vergara, Ilka Barahona, Júlio Gnap, Mariza Bértoli, Elizabeth de João Reato, Geraldo Pioli, Rénia da Costa, Walter de Souza, Raquel Sizanoski, Marli A. de Oliveira Graboski, José João de Oliveira.

Ainda em 1991, integraram-se aos trabalhos da CASLA, dezenas de estudantes universitários de diversos países latino-americanos, inscritos na Universidade Federal do Paraná; os países representados são os seguintes: Venezuela, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, El Salvador, Panamá, Honduras e Nicaragua.


ANO-1992

 

‘‘ Não há democracia moderna sem sociedade organizada.’’

Gladys de Souza - Presidente da

CASLA

"AMÉRICA LATINA 500 ANOS DEPOIS"

Palestrante: Suzana Dillon - Escritora argentina. Mãe da Praça de Maio (Movimento em Defesa dos Direitos Humanos)

Promoção: CASLA-CILA-SEPL-SISMUC

ASSINATURA DE CONVÊNIO ENTRE CASLA E PREFEITURA MUNICIPAL DE TOLEDO (PR) NO PROGRAMA DO CILA (Comitê para a Integração Latino-Americana).

"AMÉRICA LATINA VIVA" (PROGRAMA RADIOFÔNICO SEMANAL DA CASLA)

Na certeza de que nossa atuação deverá sempre ir na direção do resgate da democratização, do controle da cultura, da educação e das informações veiculadas pelos meios de comunicação, surge o programa AMÉRICA LATINA VIVA, levado ao ar todos os domingos das 10 às 11 horas da manhã, pela RÁDIO EDUCATIVA DO PARANÁ. As informações sobre a realidade sócio-político-cultural da América Latina são resultado de pesquisas, entrevistas, eventos, etc. Este programa é coordenado por Dimas Floriani (UFPR-CASLA) Nicolas Floriani, Gladys de Souza e Geraldo Pioli . Assistência Técnica José de Mello colaboração de João Carlos de Freitas (CASLA)

O ESTADO NA AMÉRICA LATINA

Palestra proferida pelo Dr. DIMAS FLORIANI, em ocasião da celebração do CONVÊNIO UNICENTRO/CASLA, na cidade de GUARAPUAVA, centro do Paraná, passando a Unicentro a fazer parte do CILA.Local: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras - Unicentro/Guarapuava.

MEIO AMBIENTE E INTEGRAÇÃO NO CONE SUL

Simpósio latino-americano, realizado na cidade de Foz-do-Iguaçú.

Promoção: Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

Apoio: Casa latino-americana.

PROJETO "VISTO PARA AMÉRICA LATINA" (continuação)

Inspirando-se nas práticas educativas que vêm sendo desenvolvidas pela Casa latino-americana (sobretudo desde 1989) que gerou a demanda crescente de interesse sobre a realidade dos povos da América Latina e do Caribe. Em 1992, é garantida a continuidade do projeto "VISTO PARA AMÉRICA LATINA".

Em resposta à demanda de informações, principalmente da comunidade escolar, uma equipe de estudantes latino-americanos de nível superior, coordenados pela CASLA, desenvolveram pesquisas e elaboração de material didático sobre as sociedades latino-americanas, modo de vida, cultura, educação, política, entre outros aspectos. Esta assessoria é oferecida às escolas e a toda a comunidade que assim o solicitar. A mesma equipe proferiu palestras, ensinou danças, jogos relacionados à cultura latino-americana.

"AMÉRICA LATINA 500 ANOS" A convite do "Fórum Nacional de Entidades Negras" a CASLA

Palestrantes: Mariza Bertoli e Dra. Gladys de Souza. Local: Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

CORAL MAREARTE

Voltado para o resgate das raízes da música brasileira, o coral surge na cidade de Arraial do Cabo, Rio de Janeiro; a aldeia de pescadores à procura de integração. Visitaram a Casa Latino-Americana, o CILA, promovendo em conjunto um evento cultural na Prefeitura de São João do Triunfo, Paraná. Destaca-se seu trabalho pela riqueza, simplicidade e sentido político, com um elevado compromisso voltado à integração latino-americana.

CURSO BÁSICO DE LÍNGUA ESPANHOLA Profa. Miriam Cordeiro. Coordenação da Profa. Wilma Espindola.

Convênio: CASLA/SEPL/PUC/CILA

"AMÉRICA LATINA E A INTEGRAÇÃO"

A convite da Associação de Moradores de Bairros de Alegrete, Rio Grande do Sul, o Prof. Dimas Floriani e a Dra. Gladys de Souza proferiram a palestra acima citada. Os participantes mostraram interesse em conhecer o trabalho desenvolvido pela CASLA no Paraná, considerado por eles, como da maior importância. Da mesma forma, constatou-se que o nível de informação e o interesse pela América Latina por parte dos anfitriões é digno de menção.

MOSTRA DA PINTURA CORPORAL DOS ÍNDIOS MARUBO A Profª. Natália Guadeda inicia seu trabalho oriundo de pesquisa junto à nação indígena Marubo, da Amazônia, com a mostra no Museu Paranaense. No dia 07 de abril, continuando com exposições em escolas da Rede Pública e Particular de Ensino. A pesquisa foi transmitida a um total de 4.000 estudantes, avaliada por professores e alunos como da maior importância para o conhecimento da nossa própria cultura.

 

A PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS NA AMÉRICA LATINA

PALESTRA PROFERIDA NO SINDICATO DOS ENGENHEIROS DO PARANÁ PELO DR. DIMAS FLORIANI

FESTIVAIS INTERNACIONAIS DE CORAIS

Uruguai-Brasil-Argentina- .Promoção CASLA/Federação de Corais do Paraná Local: Edifício Castelo Branco- Centro Cívico/ CTBA

AMÉRICA LATINA HOJE

A ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE NEGRITUDE E AÇÃO POPULAR, com uma temática voltada para América Latina, realizou um seminário onde a Casla participou proferindo a palestra " As relações com a civilização européia’, tendo como PALESTRANTE A PROFª MARIZA BÉRTOLI

 

I CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA - I CEPIAL

Evento de maior importância para o Paraná e América Latina. Coroamento dos trabalhos da CASA LATINO AMERICANA no Paraná, em agosto de 1992.

Realizou-se na cidade de Marechal Cândido Rondom, Paraná, entre os dias 26 a 29 de agosto de 1992, o I Congresso de Educação para a Integração da América Latina, no Brasil (I CEPIAL).

Entre as atividades acadêmicas e as culturais, PARTICIPARAM DESTE ENCONTRO INÉDITO NO ESTADO, APROXIMADAMENTE CINCO MIL PESSOAS.

O I CEPIAL é o coroamento de um trabalho incessante que o Comitê para a Integração Latino-americana (CILA), inspirado na Casa Latino-Americana (CASLA) de Curitiba, realiza desde 1989, conjuntamente a organismos públicos e da sociedade civil (Secretarias de Estado de Planejamento, Educação, Ciência e Tecnologia, Secretaria Municipal de Educação de Curitiba, Fundação Cultura de Curitiba, IPARDES, UNIOESTE, FACILCAM, UEM, UEL, UEPG, UFPR, UNICENTRO, SISMUC, Prefeitura Municipal de Toledo e outras ainda em processo de assinatura do convênio).

Além de mais de dois mil professores das redes estadual e municipal de Educação do Paraná, participaram as comunidades local e dos municípios próximos de Marechal Cândido Rondon e delegados de 9 países latino-americanos: México, Cuba, Nicarágua, Colômbia, Equador, Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai.

Os eixos principais do Congresso privilegiaram os debates sobre cidadania, educação, cultura, democracia e integração, com quarenta e seis mesas redondas, vinte e seis conferências, onze mini-cursos, e quarenta e um relatos e comunicações. Só estas atividades reuniram 230 especialistas dos citados eixos-temáticos.

Nas atividades culturais, foram realizadas oficinas, destacando-se as de teatro, música, dança, cerâmica, artesanato de madeira, circo, cestaria de palha, tecelagem, reciclagem de papel, laboratório de fotografia, etc.

Também apresentaram-se recitais, corais, lançamento de livros e discos. Em todas as atividades culturais participaram estudantes de primeiro, segundo e terceiro graus.

Depoimentos de pessoas da região oeste do Paraná que participaram do Congresso, avaliaram como uma verdadeira revolução cultural este acontecimentos. Foi uma experiência fundamental não apenas para discutir idéias, intercambiar experiências e tirar resoluções políticas, mas principalmente de convívio e solidariedade humana. Aprendeu-se na prática, o exercício real da integração entre culturas diferentes da América Latina.

A emoção nunca deixou de estar presente no encontro e talvez o maior aprendizado a retirar do mesmo foi a valorização dos sentimentos humanos.

Os movimentos sociais fizeram-se presentes nos debates, daí que este Congresso não ter sido somente um encontro de especialistas ou de acadêmicos. Pelo fato de se fazerem representar meninos de rua, índios e negros, a realidade social primou no conteúdo das discussões e resoluções, sinônimo de uma história viva e atuante.

A Coordenadora Geral do CILA, Doutora Gladys de Souza, pronunciou o discurso oficial de abertura, na presença de uma mesa composta por numerosas autoridades estaduais, municipais e internacionais, representantes das instituições do CILA e das Comissões Organizadoras do Congresso.

Coube à secretária geral do I CEPIAL, lavrar a ata do Congresso e ao PRESIDENTE, PROF. DIMAS FLORIANI, elaborar a síntese da CARTA DO CONGRESSO, CHAMADA CARTA DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON, que contém os seguintes elementos entre outros:

1)         "A educação tem sido tradicionalmente apresentada como função institucional da escola, gerando apenas expectativas de ordem didático-pedagógica, quando de fato é um fenômeno de transcendência, que interessa ao conjunto das sociedades e dos povos latino-americanos, enquanto exercício diário de construção da cidadania;

2)         "Na América Latina, o fenômeno da exploração não é recente. Tem raízes na própria construção de sua história colonial. A expressão mais recente desta exploração e a dívida externa, sem considerar as conseqüências sociais, oriundas de um modelo político- econômico de exclusão que remonta do processo colonialista e neo-colonialista, isto é concentrador de renda.

3)         "Uma visão conservadora de democracia continua prevalecendo. Como explicar a revalorização da democracia numa situação de crise econômica estrutural? Não há democracia moderna sem sociedade organizada e sem atores políticos que expressem a sociedade no seu conjunto;

4)         "Não haverá democracia profunda e substantiva em terras latino-americanas até que não se resolva a questão da terra, da distribuição da renda, do racismo e do acesso universal à educação e à saúde

5)         " A integração entre os povos, neste momento crucial de tribalização de certas sociedades é um momento de refundacão de um novo projeto baseado na idéia e na pratica de solidariedade. Identidade e respeito à diversidade, eis a questão

6)A integração dos países do Cone-Sul, através do Mercosul é apenas uma iniciativa comercial entre empresários dos quatro países. A idéia de integração conseqüente, apesar de não subestimar os aspectos econômicos, pressupõe um maior envolvimento dos povos e não apenas de empresários e governos;

7)         " A educação será a via principal pela qual podemos afirmar a modernidade para nossos povos. Um povo ignorante é um sério candidato a ignorar sua própria história;

8)         " A crise social ampla em nossas sociedades, se traduz também em crise do ensino superior que significa ainda elitização, desmotivação em função da precarização do mercado de trabalho, penalizando assim a mobilidade social;

9)         " As experiências de educação popular são curtas, fragmentadas, sem continuidade;

10)       " Os currículos escolares são moldados em parâmetros clássicos sem maior preocupação de construir a educação a partir da realidade latino-americana;

11)       " Os profissionais da educação são limitados teórica e metodologicamente, o que impossibilita cumprir o seu verdadeiro papel;

12)       " A escola para o povo ainda é um desafio, isto é, aquela que resgate as verdades através de métodos diferenciados, que viabilizem e garantam a apropriação do conhecimento para as maiorias;

13)       " O projeto de uma nova prática social com ênfase na construção do homem e da mulher enquanto totalidade, deverá surgir das bases para resgatar nossas experiências de cidadãos latino-americanos;

14)       " A atuação dos educadores deverá ir na direção do resgate da democratização do controle da cultura, da educação e informação veiculadas pelos meios de comunicação;

15)       " América Latina é uma terra generosa de utopias. Reafirmemos hoje, uma vez mais, nosso direito ao sonho."

CARTA DO Iº CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA, NO BRASIL. ( Iº CEPIAL), MARECHAL CÂNDIDO RONDON.

PARANÁ, 29 DE AGOSTO DE 1992

O Iº CEPIAL, tem sua origem nos propósitos e na iniciativa do Comitê para a Integração Latino-americana (CILA),cuja coordenação geral tem sede na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil . Do Cila, fazem parte as seguintes entidades: Casa latino-americana (CASLA), Secretaria de Estado do Planejamento do Paraná (SEPL) - Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Secretaria do Estado da Educação (SEED) - Prefeitura Municipal de Toledo - Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão (FACILCAM) - Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - Universidade Federal do Paraná (UFPR) - Universidade Estadual de Londrina (UEL) - Universidade Estadual do Centro-oeste do Paraná (UNICENTRO) - Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba(FCC) - Secretaria Municipal de Educação de Curitiba.(Entidades que assinarão convênio em breve: Prefeitura Municipal de Marechal Cândido Rondon- Prefeitura Municipal de Assis Chateaubriand, Sind. Escolas Particulares do Paraná).

O 1 CEPIAL reunido na cidade de Marechal Cândido Rondon, Paraná, entre os dias 26 e 29 de agosto de 1992, apresentou e debateu um conjunto de Trabalhos em forma de Conferências, Mesas de Debates, Relatos de Experiências e Comunicações, em torno de Quatro grandes eixos temáticos, e um quinto de temas livres, cujas respectivas denominações são: 1-Práticas Educacionais dos Países Latino-americanos; 2- Práticas Educacionais Alternativas Contemporâneas; 3-Educação, Cidadania e Identidade Cultural para a Integração da América Latina; 4- Papel dos Meios de Comunicação: Educação e Cultura de Informação.

Educação, Integração, Cidadania, Democracia e Cultura são temas correlatos que estiveram presentes nos múltiplos debates deste Congresso.

Educação tem sido tradicionalmente apresentada como função institucional da escola, gerando apenas expectativas de ordem didático-pedagógicas, quando de fato é um fenômeno de transcendência, que interessa ao conjunto das sociedades e dos povos latino-americanos, enquanto exercício diário de construção da cidadania.

Na América Latina, o fenômeno da exploração não é recente .Tem raízes na própria construção de sua história colonial. A expressão mais recente desta exploração é a dívida externa, sem considerar as conseqüências sociais, oriundas de um modelo político-econômico de exclusão que remonta do processo colonialista e neo-colonialista, isto é, concentrador de renda.

Uma visão conservadora de democracia continua prevalecendo.

Como explicar a revalorização da democracia numa situação de crise econômica estrutural? Não há democracia moderna sem sociedade organizada e sem atores políticos que expressem a sociedade no seu conjunto. A condição necessária e suficiente desta exigência é a participação da sociedade civil, na construção de seus direitos e de um novo código de deveres que moldarão a agenda de um novo projeto histórico. A revalorização da ética na política é uma das principais pauta hoje desta agenda. A construção de uma sociedade é a auto-construção de seus atores.

O neo-liberalismo é a expressão moderna do darwinismo social, repondo em maior escala a terrível desigualdade social de nossos países, propondo a modernidade apenas para uma elite, relegando os nossos povos à miséria e à não cidadania.

A não-cidadania se expressa sobretudo através de um processo de exclusão social, econômica e cultural do índio, do sem terra, do sem teto, do negro oprimido desde a escravidão, e dos meninos de rua, expressão pós-moderna da miséria.

Não haverá democracia profunda e substantiva em terras latino-americanas até que não se resolva a questão da terra, da distribuição da renda, do racismo e do acesso universal à educação e à saúde.

Se há um profundo descrédito dos nossos povos com respeito às práticas políticas, é porque os mesmos não se vêem contemplados nesta representação.

Um povo sem auto-determinação não pode viver uma democracia.

Não estamos diante do fim da história, mas no início de uma outra história. A integração entre os povos, neste momento crucial de tribalização de certas sociedades é um momento de refundação de um novo projeto baseado na idéia e na prática da solidariedade.

Precisamos flexibilizar a diferença, sem entrar em conflito com a heterogeneidade. Encontrar mecanismos de integração que passem pelo diálogo e pelo respeito de si mesmos e aos outros. O caminho é das especificidades, embora devamos reconhecer a história que fala da igualdade. Identidade e respeito à diversidade, eis a questão.

A integração dos países do Cone-Sul, através do MERCOSUL é apenas uma iniciativa comercial entre empresários dos quatro países. A idéia de integração conseqüente, apesar de não subestimar os aspectos econômicos, pressupõe um maior envolvimento dos povos e não apenas de empresários e governos.

A educação será a via principal pela qual poderemos afirmar a modernidade para nossos povos. Um povo ignorante é um sério candidato a ignorar a sua própria história. A educação como ato crítico radical, de conhecer para transformar, será a única garantia de valorização do ser humano.

A sociedade latino-americana está buscando alternativas e melhorias na sua qualidade de ensino, apesar das dificuldades estruturais.

A crise social ampla em nossas sociedades, se traduz também em crise do ensino superior que significa ainda elitização, desmotivação em função da precarização do mercado de trabalho, penalizando assim a mobilidade social.

As experiências de educação popular são curtas, fragmentadas, sem continuidade.

Os currículos escolares são moldados em parâmetros clássicos sem maior preocupação de construir a educação a partir da realidade latino-americana.

Os profissionais da educação são limitados teórica e metodologicamente, o que impossibilita cumprir o seu verdadeiro papel.

A escola foi ultrapassada pelos novos desafios da modernidade.

Observa-se, no entanto, que os movimentos e instituições populares da sociedade civil podem romper com a ambigüidade do público e do estatal. A escola pública pode assim tornar-se popular, enfrentando o mito justificador de seu fracasso, assentado na fome, na deficiência, no trabalho e outros.

Por vezes, a descentralização suscita discussões pois se, por um lado, resgata valores próprios, respeitando as divergências sócio-político-culturais, por outro, pode visar somente interesses de um sistema centralizador.

A escola para o povo ainda é um desafio, isto é, aquela que resgate as verdades através de métodos diferenciados, que viabilizem e garantam a apropriação do conhecimento para as maiorias.

O projeto de uma nova prática social com ênfase na construção do homem e da mulher enquanto totalidade, deverá surgir das bases para resgatar nossas experiências de cidadãos latino-americanos.

A comunicação é também entendida como processo de interação. Se a ânsia do ser humano continua sendo a busca da igualdade, a comunicação será cada vez mais decisiva para a implantação da democracia.

Nossas escolas são instituições ortodoxas, ultrapassadas.

A razão da lentidão na utilização da comunicação na escola deve-se ao conservadorismo de nossos professores, à forma de treinamento adotada, à retórica em detrimento da prática.

Apesar dos meios de comunicação possibilitarem melhores condições de saber e informação, o caso da televisão apresenta-se como um meio bastante manipulador de conceitos, de montagem de textos e de programas. Os meios de comunicação têm sempre em mente benefícios particulares e não coletivos. O sistema político dominante, no caso brasileiro, é mantido através do poder dos meios de comunicação de massa; 120 parlamentares do Congresso Nacional, são donos ou têm utilização direta de emissoras de rádio.

A atuação dos educadores deverá ir na direção do resgate da democratização da informação, da educação e da cultura, veiculadas pelos meios de comunicação.

Este é apenas o Iº CEPIAL, dele já aprendemos a ouvir, julgar, opinar, propor, ousar. A história é feita com orientações e vontades em direção a valores e objetivos concretos. A integração é possível.

América Latina é uma terra generosa de utopias. Reafirmemos hoje, uma vez mais , nosso direito ao sonho.

DIMAS FLORIANI

PRESIDENTE I CEPIAL

 

DISCURSO PROFERIDO PELA DRª GLADYS DE SOUZA, COORDENADORA GERAL DO CILA E PRESIDENTE DA CASA LATINO AMERICANA, NA ABERTURA DO 1º CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA, NO BRASIL (1º CEPIAL), MARECHAL CÂNDIDO RONDON, PARANÁ, 26-08-92

Saudações às autoridades presentes. Ilmo. Sr. Representante do Governador do Estado do Paraná - SECRETÁRIO ADAIL S. PASSOS; Ilmo. Sr. PREFEITO DA CIDADE DE MARECHAL CÂNDIDO RONDON, DIETER SEYBOTH, Senhores e Senhoras representantes oficiais dos países irmãos latino-americanos presentes: SENHOR-DIRETOR DA UNIOESTE, PROFESSOR JOSÉ KUIAVA; demais autoridades estaduais e municipais, autoridades representantes do Comitê para a Integração Latino-americana (CILA); Senhores e Senhoras Congressistas.

É no fazer da história que os indivíduos tornam-se sujeitos de seus destinos, mestres de seus sonhos e de seus anseios. No entanto o caminho que nos conduz para lá é tortuoso, perigoso, povoado de inimigos e armadilhas. Por vezes pensamos haver chegado a uma estação segura, a um oásis no qual podemos parar para abrigar-nos das intempéries, aplacar nossa sede e repor nossas forças.

Essa metáfora da grande viagem perpassa o imaginário dos povos e sua latitude é, talvez proporcional aos anseios e angústias que os povoam.

Da mesma maneira a humanidade na sua luta incessante de auto-construção projeta símbolos, expressões do seu mundo real e imaginado, como se estivesse condenado a fazer a sua própria história, fazendo-a, apesar de nem saber porque a faz.

É bem verdade que a história universal é uma invenção européia, e encontra no capitalismo sua melhor expressão real, uma vez que este é por excelência universal, e que pelo peso das armas, das mercadorias, e de seu caráter legitimador, a cruz, submete a todos e a tudo à lógica deste poderoso sistema..

" Com a conquista espanhola, diz Fernando de Armas y Medina em sua obra CRISTIANIZAÇÃO DAS INDIAS, a idolatria foi reprimida pela força.. Foram destruídos templos e ídolos e as leis proibiram as manifestações do culto pagão, sem que os índios submetidos pela força das armas pudessem opor uma resistência organizada. Impossibilitada por qualquer outra reação, os índios contumazes em suas crenças ancestrais recorreram aos únicos meios a seu alcance, isto é, a inércia e a dissimulação. Porém esta estratégia de resistência passiva foi, no limite, mais eficaz e, por isto mais terrível que a violência aberta, por mais sanguinária que esta pudesse ser . A tenacidade de muitos autóctones em conservar suas antigas crenças e praticar seu culto pagão, criava nos missionários cristãos um certo pessimismo ao constatar que sua evangelização alcançara êxito ilusório."

A história da conquista da América, começa desta maneira pela destruição da crença em seus próprios valores, pela violência subjetiva e objetiva. Objetiva, porque o transplante do cristianismo em nossas terras dificilmente teria vencido se não fosse acompanhado da implantação de uma nova ordem econômica que, para impor-se, funcionou à base da coerção do trabalho e depois importado da África.

Mesmo assim, se olharmos a historia do lado da resistência dos povoadores do continente invadido, a reação deste produz o que é comum observar na resistência dos povos submetidos, isto é, movimentos missionários ou proféticos ou milenários que buscam a liberdade mediante ressurreição da cultura autóctone, baseada na aparição expontânea de um desejo de renovação de suas crenças míticas. Foi assim a exortação feita pelo Inca Tupac Amarú, antes de ser submetido pela força do vice-rei Francisco de Toledo, concitando seu povo a lutar contra o Deus cristão dos espanhóis.

Desta maneira, resistência e opressão incorporam em suas estratégias coletivas e individuais, a linguagem que serve para legitimar o mundo em construção. A construção desta nova ordem não poderá deixar de ser contraditória, na medida em que ela produz sua própria crítica interna, a começar pelo exemplo de Frei Bartolomeu de Las Casas, defensor dos índios, enquanto servos da coroa. Por outro lado, a ordem mundial não pode sustentar-se na razão de seus críticos e é por isso que Ginés de Sepúlveda defendia os direitos dos conquistadores de explorarem os índios à vontade e que Simón Sepúlveda autoridade colonial assinalava o seguinte, em 1606: " Ao matar e ferir tenhamos o cuidado de fazê-lo em defesa da fé de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que em seu nome e sob seu amparo possamos ganhar o céu por meio da lança e da faca."

Neste sentido, a oportunidade dos 500 anos de conquista e colonização, mostrou a nova racionalização de um mundo comandado por aqueles que impuseram ao mundo a lei do capital, da exportação e importação de mercadorias, da produção da riqueza e da miséria, do confinamento e da destruição de civilizações inteiras, cujo desenlace ainda continua, e de maneira mais cruel, pois isto acontece diante de nossos olhos.

Não queremos cultuar a imagem de vítimas da história, mesmo porque nossa dignidade de resistência e luta nos interditaria o papel de mendigos da história. o dito Novo Mundo não foi um mero receptor; foi ele que viabilizou em grande medida, todo o sistema monetário europeu através da extorsão do ouro e da prata, da qual foi objeto. Alimentamos populações mundiais com as exportações de nossos produtos agrícolas; quantos chicotes gastos no lombo dos escravos, quanto sofrimento dos camponeses expropriados, quanta fome não contabilizada pairam ao longo desses séculos!!!

Os colonizadores hoje têm as batatas que salvaram a Europa da fome, o chocolate, o amendoim e a grande variedade de frutas; na farmacologia, os remédios antes desconhecidos, fazem parte dos fármacos, hoje monopólio das grandes empresas transnacionais. Das oito obras mestras do barroco mundial, quatro estão no México, sem falar do barroco mineiro do Brasil

O negro, do confinamento das suas masmorras, foi gestando o maior legado cultural deste Novo Mundo; o branco jamais poderia desconfiar que mais tarde teria que cantar e dançar suas músicas, enquanto expressões de sua atual identidade cultural. Até hoje o pais mais arrogante do universo necessita dos negros para ganhar medalhas olímpicas de ouro, ao mesmo tempo que lhes proíbe iguais direitos, em Los Angeles.

Mas essa América latina é generosa. Recebe os colonos europeus que vinham fugindo da crise e da sociedade industrial na virada do século passado. Aceita esses trabalhadores da terra, em sua maioria , que vinham contribuir para a construção de um Novo Mundo, de maneira livre. Este também pode ser considerado um legado importante do qual essa região do Paraná e do Brasil é representativa.

O que dizer do legado indígena, então. Ninguém que melhor do que eles próprios para avaliar isto. A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador diz " A luta pela terra passou a converter-se num dos mais importante elementos da consciência de identidade e autonomia dos povos indígenas, pois trata-se de uma referencia fundamental de nossa vida cotidiana, assim como de nossa visão sacralizada do mundo e do cosmos. Por esta razão tanto os povos herdeiros da tradição das altas civilizações agrarias indo-americanas, do norte, centro e sul de América, assim como os diversos povos que coexistiram e coexistem com estas civilizações, nos propusemos a coroar junto com esses povos e setores sociais, essa longa trajetória de resistência".

Este documento dos indígenas conclui desta maneira: Tanto os índios, os negros, os mestiços nos encontramos subjugados a uma situação de exploração e opressão. As diferenças econômicas e sociais e a discriminação racial continuam vigentes, em alguns países, alcançariam níveis alarmantes de práticas etnocidas e genocidas".

América latina não é apenas uma idéia. È a tentativa permanente de sermos nós mesmos, porém perseguidos pelo peso de um legado. Com a queda do Império Colonial, e a sua substituição pelo poder das oligarquias nativas e o poder do estamento militar, o Estado é uma realidade que expressa o sistema patrimonialista. Nesse sistema nos dizeres de Octávio Paz, o chefe de governo- seja ele príncipe, vice-rei, caudilho ou presidente- dirige o Estado e a nação

O público e o privado confundem-se par efeito de privilégio, mas não de direitos de cidadania.

É bem possível que a idéia de democracia para América Latina possa ganhar uma dimensão popular, na medida em que as elites apenas usaram essa forma de governo para administrar crises recentes de governabilidade. Não foi a democracia para essas elites uma bandeira revolucionária, como o fora para outras burguesias. E na medida em que essa bandeira ganhe as ruas e a juventude, moldando uma nova ideologia, expressão de profundas mudanças históricas, a escola da política alfabetizará nossos povos sedentos de justiça. A educação também acreditamos cumprirá com seu papel, incorporando em suas práticas e em seus saberes, essa nova dimensão civilizatória

Não há democracia moderna sem sociedade organizada.

A condição necessária e suficiente dessa exigência é a participação da sociedade civil, consciente de seus direitos na construção de um novo código de deveres que moldará a agenda de um novo projeto histórico.

A construção de uma sociedade é a auto-construção de seus atores. No momento atual, em que o imperialismo (palavra esta abolida por aqueles que acreditam que a história chegou ao fim) impõe-nos a continuidade do castigo histórico da dependência. Ao longo da última década exportamos para a metrópole o equivalente a vários planos MARSHALL, isto é, mais de 200 bilhões de dólares só no pagamento de serviços da dívida externa. Não bastasse a voracidade do capital financeiro internacional, nossas sociedades latino-americanas protagonizam sistemas profundamente desiguais, concentradores de renda, produtores de marginalidade social, negadores de cidadania, porém irmãos siameses do sistema internacional.

O neo-liberalismo é a expressão moderna do darwinismo social, no qual nossas elites hipocritamente convidam o sapateiro da esquina a competir com a micro-eletrônica japonesa, ou a desempregado da favela a reciclar-se para aguardar os novos tempos da competitividade. Enquanto isto, o Estado Mínimo significa mínimo para a maioria que nunca teve nada e o máximo para quem sempre enriqueceu à sua sombra e nas suas atas. A hipocrisia nunca teve tanto espaço na televisão e nos discursos presidenciais!!!

Neste momento importante para a educação latino-americana, este exercício fundamental de conhecer para transformar, transformar para libertar, o 1º Congresso de Educação para a integração da América latina, reúne todos os protagonistas, educadores e educandos, candidatos à cidadania plena. Nestes quatro dias todos nós latino-americanos, irmanados no compromisso da modernidade popular, passaremos nosso continente a limpo, traremos nossas propostas, nossas dúvidas, trocaremos experiências, encaminharemos respostas, selaremos nosso compromisso com o presente e o futuro da educação de nossa terra.

O entendimento que temos e professamos da Integração latino-americana não é apenas o da integração dos mercados e dos acordos comerciais entre países e governos. Nossa proposta da integração parte do pressuposto que os atores sociais devem conhecer-se, para integrar-se, devem trocar suas experiências positivas, fazendo um balanço crítico de suas próprias dificuldades na conquista de seus direitos; intercambiar a produção de suas culturas, estreitar os laços que os unem, desde um passado comum, no respeito das diferenças e das multiplicidade culturais.

A luta pela integração horizontal dos povos latino-americanos é um processo contínuo; não deverá ser apenas objeto de datas festivas escusas, sendo um compromisso inarredável, oriundo dos desafios das sociedades modernas: e no dizer de Martin Fierro a lei primera:

" Los hermanos sean unidos, porque esa es la lei primera. Tengan unión verdadera en cualquier tiempo que sea, porque si entre ellos pelean los devoran los de ajuera"

É com este compromisso que nasceu o Comitê para a integração Latino-americana (CILA); desde o Paraná. este Comitê nasceu da inspiração e do programa da Casa Latino Americana de Curitiba ,Paraná, que existe desde 1985, no propósito de perseguir essa idéia da integração, desde os primeiros libertadores do continente ,Bolívar , San Martin, Artigas, Tiradentes, Ernesto Che Guevara.

Nossos princípios são os do respeito às diferenças, na busca de uma democracia popular, no resgate dos direitos humanos e por uma Pátria grande.

Do comitê para a Integração Latino-americana (CILA), fazem parte todas aquelas entidades públicas e privadas que comungam com os mesmos objetivos: Universidades, escolas, sindicatos, partidos políticos, movimentos sociais e outras.

Daí nosso esforço na valorização da educação. A educação será a única via pela qual podemos firmar e afirmar a modernidade para nossos povos.

Um povo ignorante é um sério candidato a ignorar a sua própria história. A educação como ato crítico radical, de conhecer para transformar, será a única garantia de valorização do ser humano. Um povo sem acesso à educação é um povo desrespeitado, sem amor a si próprio, desprezado por aqueles que o condenam a viver na ignorância da sua história e de seus direitos.

A cidade de marechal Cândido Rondon oferece generosamente seu espaço para o exercício e a vivência de momentos fundamentais para nosso presente. Este congresso não seria possível sem o trabalho ingente de centenas de pessoas, principalmente da Faculdade de Marechal Cândido Rondon e da UNIOESTE, das Prefeituras de Marechal Cândido Rondon, de Toledo; pessoas de Assis Chateaubriand, Foz de Iguaçu, Cascavel ,Curitiba e de outras localidades da região e do Paraná, a todas as entidades do Comitê para a Integração Latino-americana: Secretaria do Planejamento e Coordenação Geral do Estado do Paraná, em especial ao seu secretário Carlos Artur K . Passos e secretaria Estadual de Educação, que sempre acreditaram em nosso projeto e sempre nos incentivaram na busca de nossos objetivos de integração. Da mesma maneira , as universidades estaduais d Maringá, Londrina, Ponta Grossa , Guarapuava, Campo Mourão, Universidade Federal do Paraná, Sindicato de Escolas Particulares, Secretaria Municipal de educação de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba, Ipardes, Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba e Casa Latino Americana.

Em nome dessas entidades da qual sou Coordenadora Geral nas atividades do Comitê para a Integração Latino-americana, convoco a população a somar-se nesta grande empreitada.

VIVA AMÉRICA LATINA VIVA. Sejam todos bem-vindos e bienvenidos.

Equipe da CASLA que participou do I Congresso de Educação para a Integração da América Latina, realizado na cidade de Marechal cândido Rondon, de 26 a 29 de agosto de 1992:

Dr. Dimas Floriani ( Presidente do Congresso - Professor da UFPR e membro permanente da Casa Latino-americana) Dra Gladys de Souza ( Conferencista e Presidente da Casa Latino-americana / Coordenadora Geral do Comitê para a Integração Latino-americana no Paraná) Profª Wilma Espíndola (coordenadora de Mesa e Palestrante.) Profª Mariza Bertoli ( Palestrante)

Dez estagiários da CASLA; representantes do Cijal : Nicolas Floriani e Nádia Floriani; e Marli Graboski , secretária da CASLA

CURSO BÁSICO DE ESPANHOL

Início : 14/09 - Término: 07/12/92

Promoção: CASA LATINO-AMERICANA - SEC. DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL DO ESTADO DE PR.

MINISTRANTE: PROFª MARIA CRISTINA NAVRÁTIL

Coordenadora: Natália Gaudeda

INTEGRAÇÃO E DEMOCRACIA NO CONE SUL

SEMINÁRIO REALIZADO DO 06 A 09 DE 1992.

Promoção: SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO GERAL- IPARDES - CILA-CEDI/SP-CASLA

Programa do Seminário :

06 de outubro: ABERTURA

DIVIDA EXTERNA E INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Coordenador: DR. DIMAS FLORIANI (UFPR- CASLA)

Conferencistas: PAULO SCHILLING (CEDI/SP)

EDUARDO SCHAPOSNIK ( UNIV. DE LA PLATA- ARGENTINA)

07 de outubro

IGREJAS E INTEGRAÇÃO

Conferencista: DARCI FRIGO(CPT-PR)

DIMAS FLORIANI (UFPR-CASLA)

Coordenador - JOSÉ MARTINS DOS SANTOS ( Pastoral da Juventude- CASLA)

08 de outubro

QUESTÃO TRABALHISTA

Conferencista: ALAN FLORES ( COORDENADOR DAS CENTRAIS SINDICAIS DO CONE SUL- PARAGUAI)

EDÉSIO PASSOS ( DEPUTADO ESTADUAL)

EDUARDO SCHAPOSNIK (UNIV. DE LA PLATA- ARGENTINA)

ARNALDO LEONEL RAMOS JR.(ASS. JURÍDICO- CUT NACIONAL )

coordenador : LUIZ CARLOS RIBEIRO (IPARDES- CASLA)

09 de outubro:

DEMOCRACIA E DIREITOS HUMANOS

Coordenadora: GLADYS DE SOUZA (CASLA- CILA )

Conferencistas: OLIMPIO SOTTO MAIOR (PROCURADOR DO ESTADO DO PARANÁ )

DINARTE BELATO ( UNIV. DE IJUÍ )

DIMAS FLORIANI ( UFPR - CASLA)

12 de outubro:

" 500 ANOS DE RESISTÊNCIA E LUTA NA AMÉRICA LATINA "

MARCHA PELA LIBERDADE, SOBERANIA, DEMOCRACIA e RESPEITO aos DIREITOS HUMANOS na AMÉRICA LATINA Manifestações politico-culturais, durante o dia todo no local da Casla/Cila, à rua João Manoel, 140, alto São Francisco, Curitiba, PR. Participaram 700 pessoas Promoção :Casla/Cila, movimentos populares, escolas, sindicatos, prefeituras, Governo

OBJETIVOS DA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Palestra proferida pela Coordenadora Geral do Cila, Dra. GLADYS DE SOUZA, PARA ALUNOS E PROFESSORES DO CENTRO CULTURAL GUIDO VIARO.

LOCAL: CILA/CASLA- 29/10/92

AMÉRICA LATINA 500 ANOS DE NOSSA HISTÓRIA

A CONVITE DA SECRETARIA DE TURISMO E CULTURA DE GUAÍRA-PR , A CASLA PARTICIPOU DO ENCONTRO INTERNACIONAL DE ECOLOGIA, ANTROPOLOGIA E ARQUEOLOGIA, PROFERINDO AS SEGUINTES PALESTRAS:

HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA: CONFERÊNCIA DE ABERTURA : DR. DIMAS FLORIANI, PRES. DA CASLA -31/10/92

CULTURA NA AMÉRICA LATINA: PALESTRA PROFERIDA PELA PROFª MARIZA BÉTOLI. CASLA/ CILA/SEED

COMITIVA DA INTEGRAÇÃO

Visita às cidades fronteriças da Argentina, a convite de Escolas daquele País.

REPRESENTANTES DE ESCOLAS, UNIVERSIDADES, E MOVIMENTOS SOCIAIS , COORDENADOS PELA CASLA, RUMARAM ATÉ AS CIDADES DE PUERTO IGUAZÚ, WANDA, E MONTECARLO, NA FRONTEIRA BRASIL-ARGENTINA, CUMPRINDO UMA PROGRAMAÇÃO CULTURAL DE INTEGRAÇÃO . A VISITA SE REALIZOU ENTRE OS DIAS 7A9/11/92.

EQUIPE DE TRABALHO DA CASLA EM 1992

Gladys de Souza - Dimas Floriani- Wilma Espíndola Nogueira- Profª Mariza Bértoli- Marli Aparecida Graboski- Dr.João Carlos Freitas- Julio Gnap- João Elio Graciolli-Walter de Souza- Raquel Sisanoski- Natalia Gaudeda- Profª Edna Vasconcelos

 


ANO-1993

"El pedagogo moderno sabe perfectamente

que la educación

no es una mera cuestión de escuela y

métodos didácticos.

El medio económico social condiciona

inexorablemente

la labor del maestro".

JOSÉ CARLOS MARIÁTEGUI

VISITA AO POVO CUBANO

A convite do Centro de Estudios sobre el Desarrollo( DES), da Universidade de Habana, personalidades paranaenses congregadas pelo Cila visitaram Cuba. Recebidas por Ministros de Estados, a delegação participou de programações oficiais e teve oportunidade, assim, de conhecer a realidade daquele país.

O representante da Assembléia Legislativa do Estado de Paraná, Deputado Dr. Luiz Enrique Bonna Turra e o Dr. Dimas Floriani foram entrevistados por jornalistas de rádio e televisão sobre a situação política brasileira.

Representantes das seguintes instituições fizeram parte da viagem: CASLA, SEPL, UFPR, NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE CAMPO MOURÃO, FECIVEL, UNICENTRO, COLÉGIO INTEGRAL, ASSOC. COMERCIAL DO PARANÁ, CONSELHO DA MULHER EXECUTIVA, ASS. LEGISLATIVA DO PR., entre outras. A convite do Movimento Cubano pela Paz e Soberania dos Povos, o Cila continuou promovendo o turismo pela Paz em Cuba.

POLÍTICA CULTURAL EM CUBA

palestra proferida pelo poeta e ensaísta Félix Contreras. Local: CASLA

II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA

Reunidas as entidades do Cila , decidiram pela temática a ser debatida no II CEPIAL:

I- Educação Pública.

II- Meio Ambiente. Terra e alimentação

III-Questão Política.

IV- Cultura

PERSPECTIVAS DE ACORDOS COMERCIAIS COM CUBA e SUA REALIDADE ECONÔMICA E SOCIAL.

Palestrantes: Dr. MARIANO MATOS MACEDO (Presidente do Ipardes), Dr. LUIZ ENRIQUE BONNA TURRA (Deputado Estadual ) Dr. DIMAS FLORIANI ( Presidente da Casla) Dra. GLADYS DE SOUZA ( Coordenadora Geral Do Cila)

REALIDADE CUBANA

Palestra :DRA. GLADYS, a convite do NÚCLEO REGIONAL DE ENSINO DE CAMPO MOURÃO

Local: Termas de Jurema.

II CEPIAL UNICENTRO

Reunião na FACULDADE DE GUARAPUAVA-UNICENTRO. PARTICIPARAM: SEPL, CASLA ,NÚCLEO DE ENSINO DE GUARAPUAVA, ESCUELA NORMAL SUPERIOR Nº 2- MONTECARLO- MISIONES- ARGENTINA, E UNICENTRO.

CURSO DE ESPANHOL PARA VESTIBULANDOS Convênio PUC- CASLA - SEPL. Local: Casla

A convite da Universidade Federal de RS, CASLA, SEED, e CILA , participaram do II ENCONTRO INTERNACIONAL : A EDUCAÇÃO E O MERCOSUL, realizado em Porto Alegre

A CASLA recebe do Fundo de Cultura Econômica Brasil Ltda, livros de estimável valor que passam a enriquecer nosso acervo.

MOSTRA AMÉRICA LATINA

Desde 1990 apresenta um esforço no sentido de mostrar alguns aspectos da notável diversidade cultural que nos identifica. Para sua realização reunimos peças de acervos particulares como : tecidos, esculturas, pinturas, instrumentos musicais, utensílios originais, privilegiando os aspectos étnicos e o caráter ameríndio dessas culturas singulares.

Agosto- setembro- outubro de 1993

AULAS DE ZAMPONA E TEAR CHILENO Privilegiando a cultura chilena dos andes . A cargo de professores chilenos.

AMÉRICA LATINA VIVA

SOB A COORDENAÇÃO DE NICOLAS FLORIANI E DIMAS FLORIANI, OS MAIS VARIADOS TEMAS FORAM DEBATIDOS EM NOSSO ESPAÇO RADIOFÔNICO, TERRA, EDUCAÇÃO, CULTURA. A REALIDADE SÓCIO-POLÍTICO-CULTURAL DE NOSSOS POVOS FIZERAM PARTE DE NOSSAS REFLEXÕES DURANTE O ANO DE 1993.

VISITA DE DELEGAÇÃO ARGENTINA

Sessenta pessoas entre alunos e professores da escola normal Superior de Montecarlo, Misiones ,Argentina nos visitaram no intuito de viabilizar na prática a integração entre os povos . Foram recebidos por escolas estaduais e municipais num intercâmbio de experiências altamente positiva

CONTINUAM ABERTAS AS VEIAS DA AMÉRICA LATINA Importantes debates sobre a realidade do nosso continente.

29/09/93-

PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NA AMÉRICA LATINA

Palestrante: FREDERICO NOVELO. Economista mexicano, especialista em tratados de cooperação econômica na América Latina

06/10/93-

TERRA E ALIMENTAÇÃO

Palestrantes : DARCI FRIGO, coordenador da CPT

JOSÉ TARDIM , Secretário agrário do PT-Pr

II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

Cabe ressaltar que durante 1993, inúmeras reuniões foram realizadas objetivando o congresso acima citado.

AMÉRICA LATINA E A NOVA ORDEM MUNDIAL 18/10/93

Palestra proferida pela Dra. GLADYS DE SOUZA, Vice-presidente da Casla e Coordenadora do Cila, a convite do Movimento Bahai, nas dependências da reitoria da Universidade Federal do Pr.

EQUIPE DE TRABALHO DA CASLA EM 1993

Gladys de Souza- Dimas Floriani- Wilma Espíndola Nogueira- Profª Mariza Bértoli- Marli Aparecida Graboski- Dr.João Carlos Freitas- Julio Gnap- João Elio Graciolli-Walter de Souza- Raquel Sisanoski- Natalia Gaudeda- Profª Edna Vasconcelos

 


ANO -1994

CASLA....CASA LATINOAMERICANA

SOMOS TÚ, YO, ÉL...

ES SILVIA, MARIA... ES JUAN Y NOEL...

UTOPIA

SI . CASLA ES UTOPIA, ES SUEÑO.

BENDITA SEA LA UTOPIA QUE NOS PERMITE SOÑAR

QUE MAÑANA, TODOS LOS TRABAJADORES

DE AMÉRICA LATINA TENDRÁN UNA CASA

UNA CASA LATINOAMERICANA.

SI. CASLA ES SUEÑO, SUEÑO

CONJUNTO EN BUSCA

DE UN LUGAR AL SOL. ES ALEGRIA,

ES ESPERANZA,

ES RESPETO POR NUESTRA LATINIDAD,

POR NUESTRO PASADO

POR LA SANGRE DERRAMADA EN LOS CAMPOS Y DE CUYA TIERRA

MUJERES DE LATINOAMÉRICA CONSTRUYERON JARRAS

DEJANDO IMPRESAS SUS HUELLAS Y SUS CANTOS DE REBELDÍA POR

EL HIJO

MUERTO EN BUSCA DE PAZ Y LIBERTAD.

CASLA ES INTEGRACIÓN, ES

RESPETO POR LO NUESTRO, POR

AMÉRICA LATINA.

CASLA ES TRISTEZA CUANDO

MUEREN LOS NIÑOS DE HAMBRE Y DE FRIO

Y ES ALEGRIA CUANDO JUNTAMOS LAS FUERZAS

EN BUSCA DE PAZ SOCIAL.

ELLA ESTÁ AQUI Y ESTÁ ALLÁ, ES UNA CASA

RODEADA DE SOL,

DE ÁRBOLES, DE ESTRELLAS Y DE

LUZ,

PERO PRINCIPALMENTE, DE GENTE, DE

PUEBLO, DE RAZAS.

ERES TÚ, SI, TÚ QUE SUEÑAS QUE

LLEGARÁ EL DIA

EN QUE NUESTRO PUEBLO SERÁ

CIUDADANO, CON SUS

DERECHOS RESPETADOS PLENAMENTE.

CASLA ERES TÚ. TÚ..SI, TÚ Y

AQUELLOS QUE LEERÁN

ESTAS LINEAS. A USTEDES LES DIGO:

VENGAN QUE

ESTA CASA ESTÁ SIENDO CONSTRUÍDA,

ESTA CASA ES NUESTRA. VEN...

AMÉRICA LATINA TE ESPERA COMO

ESPERA A TODOS SUS HIJOS

VAMOS JUNTOS CONSTRUIR

NUESTRA UTOPIA,

NUESTRO SUEÑO.

 

PROJETO "VAMOS COMPARTILHAR NOSSO PÃO"

A Campanha Nacional CONTRA A FOME, A MISÉRIA E PELA VIDA,inspiração do BETINHO, lançou um desafio à sociedade brasileira. A Casa Latino-americana (CALA), somam-se a esta iniciativa. No intuito de levar adiante a campanha, de forma descentralizada, lança a proposta de apadrinhamento de crianças em idade escolar que vivem com a sua família, mas enfrentam dificuldades de ordem econômica.

Não se trata de adoção legal, mas de solidariedade; sem retirá-la de seu núcleo familiar, o padrinho ou madrinha deverá apoiar a criança nos estudos, mediante ajuda sistemática e orientá-la até a conclusão do segundo grau.

APOIO: MOVIMENTO DOS FAVELADOS DE CURITIBA

CURSO DE ESPANHOL

Convênio: PUC-CASLA-CILA

CURSO AULAS DE ZAMPONHA (FLAUTA PAN) E TEAR CHILENO ( DA CULTURA ANDINA MAPUCHE)

" AMÉRICA LATINA VIVA" (Programa radiofônico)

SOB A COORDENAÇÃO DE NICOLAS FLORIANI E DIMAS FLORIANI, foram apesentados os mais variados temas no espaço radiofônico, cedido pela Rádio Educativa do Estado do Paraná, AM. Período: Ano 1994

CONSULADO ARGENTINO

Na instalação do Consulado Argentino em Curitiba, o secretário do Planejamento e Coordenação Geral do Estado do Paraná foi representado pela dra. Gladys de Souza.

"LATINIDADE HOJE ’’ (Boletim Informativo da CASLA)

O 1° e o 2° tiveram como finalidade divulgar o II CEPIAL e os objetivos e atividades desenvolvidas pela CASLA e o CILA

PALESTRAS

Visando a integração latino-americana, a CASLA promoveu diversas palestras para estudantes e professores em Escolas, universidades e Sindicatos do Paraná:

-COLÉGIO ESTADUAL PRESIDENTE LAMENHA LINS (2º GRAU)

-ESCOLA CRIANÇA FELIZ DE FRANCISCO BELTRÃO

-SINDICATO DAS SECRETÁRIAS NO ESTADO DO PARANÁ

-CLUBE DA CULTURA DE FOZ DE IGUAÇÚ

-FACULDADE DE ECONOMIA E ADMINISTRAÇÃO DE APUCARANA

8ª SEMANA DA CULTURA- CONSCIÊNCIA LATINO-AMERICANA

PROMOÇÃO: FAFI DE UNIÃO DA VITÓRIA

Em setembro de 1994, a Casla recebeu convite para participar da 8ª Semana da Cultura-Consciência Latino-americana, realizada de 10 à 14 de outubro, em União da Vitória, PR, promovida pela FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIA E LETRAS. Representando a CASLA, compareceram o Dr. DIMAS FLORIANI, que proferiu palestra sobre a realidade política e social da América Latina, a Dra. GLADYS DE SOUZA que proferiu palestra sobre os Direitos Humanos e a Profª LIALIS CAZNOCH, que participou dos trabalhos de criação do Centro Interinstitucional Latino-americano. Deste Evento cabe ressaltar a presença das " MADRES DE LA PLAZA DE MAYO" DE ARGENTINA.

GARANTIA DOS DIREITOS DE CIDADANIA DO POVO LATINO-AMERICANO

-24 e 25 de outubro: A CASLA fez-se presente em APUCARANA (FECEA), A CONVITE DO DIRETOR, PROF. BENEDITO CÂNDIDO DA SILVA E DA CHEFE DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO, PROFª. HILDA FELIZARDO SONI, O PROF. DIMAS FLORIANI E A DRA. GLADYS DE SOUZA PROFERIRAM PALESTRAS SOBRE A GARANTIA DOS DIREITOS DE CIDADANIA DO POVO LATINO-AMERICANO, PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA DE APUCARANA.

NA OCASIÃO, FOI CRIADO O CENTRO INTERINSTITUCIONAL LATINO-AMERICANO DE APUCARANA, COM A PRESENÇA DA SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, DA DIRETORIA DA FECEA E DE PROFESSORES E ALUNOS INTERESSADOS NAS QUESTÕES LATINO-AMERICANAS.

Foi realizada, também, uma visita ao Sr. Prefeito de Apucarana. A receptividade foi excelente.

HOMENAGEM à Presidente da CASLA

A ESCOLA PROMORAR BARIGUI HOMENAGEOU A CASLA, EM OCASIÃO DA FORMATURA DAS 4AS. SÉRIES

AMÉRICA LATINA E A COLONIZAÇÃO

Palestrante NÁDIA FLORIANI; A CONVITE DO INSTITUTO SÃO JOSÉ-Bairro ABRANCHES-CURITIBA

 

II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA ( II CEPIAL)

Durante os anos de 1993 e 1994 foram realizadas reuniões de trabalho, visando a realização do II CEPIAL. Colaboraram todas as instituições associadas ao Cila sob a coordenação da CASLA: UFPR, UEM, UNIOESTE, FECILCAM, UEL, UEPG, UNICENTRO, SEPL, SETI, NÚCLEOS REGIONAIS DE EDUCAÇÃO DO PARANÁ, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE MARINGÁ, PREFEITURA DE MARINGÁ, ESCUELA NORMAL Nº 2 DE MONTECARLO MISIONES ARGENTINA, FECEA e FAFI.

Foram realizadas viagens ao Uruguai e Paraguai, com a finalidade de divulgar e convidar universidades, sindicatos, movimentos sociais, artistas e intelectuais a fim de participarem do II CEPIAL.

A realização deste congresso foi considerado um êxito. Dele participaram aproximadamente 10 mil pessoas, estando representados 14 países latino-americanos, 10 estados da Federação Brasileira e 188 municípios do Paraná . De 28 de julho a 2 de agosto foram debatidos e apresentadas propostas sobre Educação Pública, Meio Ambiente(Terra, Alimentação, Saúde, e Habitação),além do balanço crítico sobre "o poder local", no eixo da Política e diversas abordagens sobre os problemas da cultura latino-americana.

 

SAUDAÇÃO AOS CONGRESSISTA DO II CEPIAL.

PRONUNCIAMENTO DO PRESIDENTE DO I CEPIAL. Dr.DIMAS FLORIANI

PASSAGEM DO MANDATO AO PRESIDENTE DO II CEPIAL.

EXCELENTÍSSIMAS AUTORIDADES PRESENTE À MESA DO II CEPIAL: SR. SAID FERREIRA, PREFEITO DA CIDADE DE MARINGÁ, SR. ADAHIL SPRENGER PASSOS, SECRETÁRIO DE ESTADO DA INDÚSTRIA , COMÉRCIO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SUPERIOR, SR. DÉCIO SPERANDIO, REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ, SRA. GLADYS DE SOUZA, COORDENADORA GERAL DO COMITÊ PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA DO PARANÁ. SENHORES CONGRESSISTAS, PROFESSORES, PESQUISADORES, ALUNOS, REPRESENTANTES DOS MOVIMENTOS SOCIAIS, COMUNIDADE DE MARINGÁ.

América Latina já é uma realidade no Paraná. Após árduo trabalho realizado pelo COMITÊ PARA A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA, chegamos ao umbral do II Congresso de Educação para a Integração da América Latina. As dificuldades para chegarmos até aqui, são as mesmas do nosso tão dificil cotidiano latino-americano.

Inúmeros diagnósticos feitos sobre nossa realidade nos mostram dia-a-dia que a parceria do desenvolvimento não chegou ainda para a maioria dos povos do nosso continente.

E para aqueles que possivelmente nos criticarão por virmos aqui chorar os dissabores e o infortúnio de nosso passado, queremos dizer também que estamos dispostos a lutar e a sonhar amparados no exemplo e no sonho de todos aqueles que não aceitam o destino que nos foi imposto. Acreditamos também que nosso futuro é hoje.

Nestes 5 dias, aproveitaremos para passar a limpo um pouco daquilo que é América Latina, daquilo que sabemos dela e daquilo que nos é necessario aprender com ela. E para chegarmos a isso, nada melhor do que pensarmos, repensarmos e sinalizarmos propostas concretas, entre todos os representantes dos países latino-americnos reunidos na Universidade Estadual de Maringá.

Este local não é fortuito, tampoco as pessoas e as instituições aqui presentes: a necessidae de aproximar o trabalho de relexão com a vontade política de transformação, sintetiza a intenção consciente de aproximar ACADEMIA E MOVIMENTOS SOCIAIS, comumente separados; cada um puxando para seu lado, como o famoso asno de Buridan que preferia morrer a compartilhar o alimento com o seu parceiro.

Estamos no caminho certo. A prova disto, somos nós aqui presentes, acreditando, apostando e investindo na educação como prática para a cidadania. Assim, estaremos debatendo e buscando saidas comuns nestes 5 dias, nas áreas temáticaas de educação pública, de meio ambiente, de política e da cultura.

Como a educação, extrapola o ensino institucional, a discussão e os encaminhamentos das práticas alternativas educacionais assumem enorme importância sobretudo no contexto da atual marginalização social das sociedades latino-americanas. Contudo, um balanço crítico das práticas educacionais dominantes no interior das instituições existentes também é necessário, bem como os mecanismos de poder e o planejamento governamental que as dirigem.

O meio ambiente, no atual enfoque holístico, não pode deixar de questionar as práticas sociais dos homens, o modelo de desenvolvimento das sociedades e a apropriação criadora/destruidora que é feita da natureza.

O eixo sobre a Questão Política deverá problematizar as práticas institucionais do Poder Político e das organizações populares, um balanço sobre o período pós-autoritáio e os desafios na consolidação de uma ordem democrática também deverão ser objeto de debate.

Finalmente, a cultura deve ser entendida como o processo simultâneo de criação e recriação das formas de existência dos povos, ao mesmo tempo que o reflexionar sobre essas formas permitem identificar a obra do criador, devolvendo-lhe a imagem de sua própria criação,da maneira como ele mesmo a imagina e a produz.

Na condição de Presidente do I CEPIAL, ocorrido em agosto de 1992, na cidade de Marechal Cândido Rondon, TRANSMITO A INCUMBÊNCIA DE PRESIDIR ESTE II CEPIAL, AO REITOR DESTA CASA, PROF. DÉCIO SPERADIO.

Permiro-me citar, como conclusão desta fala, a última frase do I CEPIAL:

AMÉRICA LATINA É UMA TERRA GENEROSA DE UTOPIAS. REAFIRMEMOS HOJE,UMA VEZ MAIS, NOSSO DIREITO AO SONHO

II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

PALESTRA: INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA

palestrante DRA. GLADYS DE SOUZA

Em 1992, o Comitê para a integração da América Latina, realizou o I CEPIAL, na cidade de Marechal Cândido Rondon. Há quase dois anos daquele evento, a história vem soprando muito forte em nosso continente, sem que as pesadas nuvens que pairam sobre nossos destinos fossem dissipadas pelos acontecimentos.

Contudo, o que nos inspira em nossa fala e em nossa ação não é a queixa do pessimista que prefere colocar sempre a culpa nos outros ou no destino, para sempre ter assunto para queixar- se. Entendemos que as circunstâncias históricas podem ser explicadas e se as coisas acontecem como vem acontecendo é porque têm profundas raízes encravadas no próprio modo de como nossas sociedades foram se constituindo. Não somos nem estamos alheios a esta história, queiramos ou não. Entendemos também que a história das sociedades humanas é feita de invenções e desafios, de sonhos e de buscas obstinadas.

Queremos, inicialmente, fazer algumas considerações sobre as origens do processo histórico de nossas sociedades, passando pela atual situação internacional para, assim, encaminhar algumas reflexões e sugestões sobre como responder aos desafios colocados pela atual conjuntura e porque pensamos na INTEGRAÇÃO como um mecanismo político importante para enfrentar os problemas do subdesenvolvimento de nossas sociedades e a conseqüente ausência de cidadania para milhões de latino-americanos

As colônias foram transformadas em regiões estratégicas para produzir matérias-primas e importar excedentes das metrópoles. Além disso, imperava o chamado "Pacto colonial" que proibia as colônias de negociarem livremente com outras nações que não fossem seus colonizadores. A distribuição de tarefas definidas entre as nações passou a ser conhecida por "Divisão Internacional do Trabalho", impondo a cada país ou região certa especialização produtiva. Nas palavras de Eduardo Galeano, "a divisão internacional do trabalho consiste em que alguns países se especializaram em ganhar e outros em perder"

A industrialização dos países dependentes (isto é, aqueles que passaram por um processo de conquista e colonização) foi tardia. Na maioria deles, ocorreu após 1930 e em outros, após a segunda Guerra Mundial. Como nesses países não se desenvolveu uma burguesia empreendedora, do tipo centro-europeu, foi o Estado que acabou assumindo o papel de empreendedor industrial, principalmente na fase inicial, conhecida como período de Substituição de Importações. Nesta fase instalaram-se as indústrias que produziram os equipamentos básicos e importados até então.

Diversas teorias nasceram para explicar o processo de desenvolvimento e de dependência. Em geral, autores dos países industrializados tentavam explicar os tipos de desenvolvimento, baseando-se em suas próprias experiências, propondo aos países retardatários uma receita de paciência misturada com a inevitável necessidade de repetir as fases de desenvolvimento dos grandes. Com isso , os atrasados sempre acabariam ficando atrás dos desenvolvidos, por mais que avançassem em relação a seu atraso!

Autores do Primeiro Mundo ainda insistem em considerar que seus países estão destinados a criar tecnologia, enquanto o chamado terceiro Mundo ficaria com a incumbência de absorvê-la das matrizes.

Mas a maioria dos teóricos que procuram explicar a dependência dos países com passado colonial, partem de uma abordagem histórica, resgatando os principais determinantes político-econômico do sistema de dominação em escala mundial. O sistema econômico e geopolítico atual, mesmo que determinado por uma maior complexidade em relação ao sistema colonial, não aboliu ainda a imensa disparidade entre nações há muito industrializadas e as restantes. Fala-se em globalização de mercados, mas esquece-se de que essa globalização é realizada sobre um desequilíbrio estruturas, entre países ricos e países pobres.

Na raiz desse desequilíbrio, está também a dívida externa. Esta é a nova expressão da dependência, juntamente com o monopólio da técnica em mãos das empresas transnacionais.

É bem verdade que devemos superar as simplificações para explicar a história das sociedades periféricas, como a da América latina, por exemplo.

Após 500 anos da conquista e da colonização, a América Latina busca ainda as raízes de sua identidade cultural, política e econômica, sabendo que essa busca é realizada tendo como referência a heterogeneidade das próprias raízes, acrescidas posteriormente pela pesada herança colonial. Porém, é essa pluralidade cultural que dá um toque afro-amerindio particular à América Latina.

Contudo, mesmo que se considere modernamente a existência de uma sociedade planetária, não há como negar que sua origem teve um centro hegemônico, localizado na Europa, cujo motor foi o expansionismo e a adoção, no mundo inteiro, de estruturas econômicas, tecnológicas, e de instituições políticas e militares originárias daquele continente. Essa herança não deixou de produzir um desequilíbrio permanente entre as diversas regiões do planeta e o reflexo disso, hoje, no plano ecológico, é que as macropoluições são planetárias por excelência. Tanto mais se toma consciência dos imperativos ecológicos, mais se torna evidente que a humanidade, no conjunto, deve adotar um modo devida que lhe permita viver em harmonia com a natureza, em lugar de explorá-la.

Só para se ter uma idéia desse desequilíbrio, o hemisfério norte desenvolvido possui menos de 30% da população mundial, porém produz e consome mais de 70% da energia do planeta, apropriando-se dos recursos naturais em escala planetária e de maneira perigosamente destrutiva. Apenas esse dado é revelador do desequilíbrio entre os países ricos do Norte e dos restantes do hemisfério Sul. No entanto, a miséria imperante neste último hemisfério constitui também uma forma de ameaça ao equilíbrio do ecossistema e da própria espécie humana.

Celso Furtado alerta-nos para o seguinte: com o avanço da internacionalização da economia e a manutenção do poderio nos centros tecnológicos e financeiros avançados, a tendência é o enfraquecimento dos sistemas econômicos nacionais. Os países que buscaram desenvolver-se com a intervenção do Estado, perdem espaço, uma vez que estes já não conseguem mais sustentar o desenvolvimento; o mais grave disso, é a ausência de alternativas de desenvolvimento nesses países que, junto com a situação de penúria e fome imperante, aprofundam ainda mais a desigualdade social existente.

A questão de uma melhor distribuição dos recursos materiais entre as nações, nos quais inclui-se certamente a tecnologia, é um problema de natureza política e ética. Mas é também uma questão de equilibrar melhor o consumo exagerado dos recursos naturais, principalmente o consumo de energia.

Outro fator a ser revertido é o estilo de vida das sociedades de consumo e das elites dos países periféricos, não apenas por razões morais mas principalmente pela agressão que acarreta, tal estilo, ao meio ambiente e á justiça social. A combinação de tecnologias alternativas com o uso racional dos recursos disponíveis (por exemplo, o fim do desperdício de alimentos no Brasil) poderá minorar os males e as misérias que afetam as sociedades humanas neste final de século. Mas este problema é, uma vez mais, eminentemente político.

Se o mundo moderno foi capaz de produzir imensas fendas entre os povos, sacrificando e até dizimando etnias, em nome de uma nova racionalidade, do progresso, da ciência, da riqueza material, da maior invenção enlouquecedora dos homens, o dinheiro, foi também capaz de criar formas de pensar e de agir diferentes dessa forma dominante. O reconhecimento da necessidade de garantir e respeitar os DIREITOS HUMANOS, constitui um dos capítulos mais belos da história moderna dos povos.

Estamos, com certeza, no limiar de um novo processo civilizatório. Se algumas sociedades insistem na tribalização, isto é, no retorno da antiga comunidade, não é tanto para retornar ao passado, mas para afirmar seu direito á existência, o direito de ser diferente. Por outro lado, o mundo torna-se cada vez menor hoje, na razão inversa do acréscimo da informação e da comunicação disponíveis, assim como pela maior interdependência entre as nações. Isso nos coloca em sintonia com a necessária aproximação dos povos, na perspectiva de uma maior INTEGRAÇÃO entre eles, partindo da base de que, para tanto, é necessário respeitar as diferença culturais e a garantia do direito á sobrevivência econômica.

Os velhos imperialismos terão que ser derrubados. A soberania transcenderá os limites das fronteiras artificiais entre os países, as razões de Estado deverão ceder ás razões do Homem e da sobrevivência das espécies do Planeta Terra. Os DIREITOS HUMANOS deverão transformar-se na nova CONSTITUIÇÃO DOS POVOS

Acreditamos que é possível a humanidade buscar um novo conceito de Revolução que viabilize um outro projeto societário, no qual terá lugar a complexidade e o conflito, mas também no qual não fará mais sentido o homem preparar-se para a guerra para construir a paz.

O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO NA AMÉRICA LATINA

A integração enquanto categoria de análise teórica é ainda incipiente, uma vez que as experiências históricas ligadas a este fenômeno apenas começam a merecer uma nova ênfase. É bem possível que, para muita gente, a noção de integração tenha um sentido limitado, isto é , uma referência a experiências comerciais, bi ou multilaterais; e, neste caso, o aprofundamento do processo de integração econômica, passaria por diversas etapas, desde a liberação das tarifas alfandegárias, até associações entre empresas e acordos de natureza econômica diversa.

Na seqüência, uma visão um pouco mais complexa e avançada de integração refere-se às recentes experiências de criação de blocos econômicos regionais, como o NAFTA, o MERCOSUL, o Mercado Comum Europeu, o Bloco Asiático da Bacia do Pacífico e outros . Estes blocos econômicos derivam de um novo contexto de competitividade econômica internacional, mas se restringem unicamente a iniciativas de caráter econômico, salvo a já antiga proposta da integração européia, que desde os anos 50 busca criar mecanismos complexos de unificação entre diversos países daquele continente, hoje em torno de 15.

Neste caso da Europa, poderosos mecanismos de ajuste econômico, jurídico-político e monetário associam-se a medidas relativas ao mercado de trabalho, à legislação previdenciaria, enfim, a toda uma legislação voltada ao campo social. Para o caso europeu aplica-se, portanto, um conteúdo bem mais amplo à noção de integração. Deve-se recordar que a sociedade civil organizada, através das mais diversas entidades empresariais, de trabalhadores, camponeses, partidos políticos e outras, vem debatendo não sem conflitos o projeto de unificação européia; há um Parlamento Europeu eficiente e presente em todas as grandes decisões relativas ao assunto integração.

No caso da América Latina, as experiências integracionistas foram quase sempre incipientes e temporárias ( ALALC, ALADI, etc.), se analisadas na perspectiva da criação de fortes mecanismos econômicos capazes de competir com as economias centrais. À parte de uma heterogeneidade das economias locais, os últimos 40 anos foram demasiadamente conturbados quando analisados pela ótica política; se os mecanismos institucionais internos à maioria dos países latino-americanos padeciam de carência democrática, no plano das relações internacionais, eram objeto de disputas geo-políticas no contexto da Guerra-Fria.

A rigor, faltavam iniciativas consistentes por parte dos governos e dos demais agentes das sociedades latino-americanas que não conseguiam assumir como suas, as tarefas de impulsionar uma agenda integracionista, principalmente pela ausência de espaços democráticos.

O que se nota hoje, em relação a uma agenda para a integração latino-americana, é que as iniciativas são mais abrangentes no que se refere a alguns agentes, como no caso dos governos do Cone Sul e principalmente de certos setores empresariais que conseguem explicitar e encaminhar seus interesses econômicos, principalmente nos marcos do Mercosul.

Entretanto, esta iniciativa mantém inalterados tanto o modelo de desenvolvimento econômico quanto o modelo de desenvolvimento social, não tanto por omissão formal dos tratados, mas pela situação política na qual se desenvolvem as negociações e pela maneira de como os atores sociais e políticos se posicionam ou deixam de se posicionar neste processo.

Os países envolvidos com o Mercosul tentam desembaraçar-se de um pesado fardo autoritário dos governos militares, isto lhes faz consumir muitas energias para delinear o campo da transição política, incluindo-se neste as tentativas de estabilização econômica e uma série de ajuste neoliberais. Neste contexto, a sociedade civil pouco organizada, no geral, não consegue formular consistentemente um programa mais completo , no qual se contemplem uma série de questões de seu interesse, voltadas à economia, à criação de mecanismos políticos representativos, à educação e à cultura dos povos latino-americanos envolvidos nesta iniciativa.

Daí o entendimento que temos da Integração derivar de uma análise que contemple todos esses elementos que acabamos de mencionar, e da criação de mecanismos de intervenção política, educacional e cultural capaz de mobilizar os mais amplos setores da sociedade. Essa mobilização deve atender os objetivos do conhecimento da realidade social, para possibilitar uma efetiva transformação da mesma.

Diante do elevado déficit de cidadania na América Latina, nossas ações devem voltar-se também para os problemas emergênciais que afligem imensas parcelas da população, excluindo-as do modo de vida compatível com o padrão básico das necessidades definidas pela civilização moderna.

Daí porque lutar pela integração da América Latina é lutar pela democratização da educação, pela universalização do acesso às políticas sociais, enfim, por um projeto que inclua todos os atores sociais interessados no desenvolvimento social. A Integração não é um objetivo em si, independente das condições reais que moldam a atual situação histórica da América Latina. É um processo em permanente construção. Hoje, este processo passa pela luta da cidadania e da garantia dos Direitos Humanos.

Por isso mesmo, num debate aberto com a sociedade paranaense, o Comitê Para a Integração Latino-americana, é testemunha desta visão e incentivador deste debate. A Integração não pode partir do pressuposto simplificador de agregar um país ao outro mas na criação de mecanismos institucionais, políticos, econômicos e culturais, capazes de garantir a diversidade na unidade.

Obrigado Sejam bem-vindos

 

CARTA DO II CONGRESSO DE EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA LATINA, NO BRASIL (II CEPIAL).

ENTIDADE PROMOTORA: COMITÊ PARA A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA (CILA) - (CASLA).

ENTIDADE SEDIADORA: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARINGÁ (UEM) E PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ.

MARINGÁ, 27 DE JULHO A 02 DE AGOSTO DE 1994.

"América Latina é uma terra generosa de utopias.

Reafirmemos hoje, uma vez mais, nosso direito

ao sonho" ( Carta do I CEPIAL).

O II CEPIAL tem sua origem nos propósitos e na iniciativa do Comitê para a Integração Latino-Americana (CILA), cuja coordenação geral tem sede na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, Brasil. Do CILA, fazem parte as seguintes entidades:

Casa Latino Americana-CASLA (Curitiba/Pr), Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral-SEPL sediadora da coordenação geral do CILA, Secretaria de Estado da Industria e Comércio, Ensino Superior, Ciência e Tecnologia- SETI, Universidade Estadual do Paraná-UEM, Universidade Estadual de Ponta Grossa-UEPG, Universidade do Oeste do Paraná- UNIOESTE, Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná-UNICENTRO, Faculdade Estadual de Ciências Ecnômicas de Apucarana-FECEA, Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá-FAFIPAR, Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí- FAFIPA, Faculdade Estadual de ciências e Letras de Campo Mourão-FECILCAM, Universidade Federal do Paraná-UFPR, Escuela Normal Superior Nº 2- Montecarlo- Misiones- Argentina, Secretaria de Estado da Educação-SEED, estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus do Estado de Paraná: Escola Estadual república do Uruguai, Escola Municipal Montero Lobato, Escola Estadual Santa Gema Galgani, Colégio Estadual Domingos Zanlorenzi, Procuradoria Geral da Justiça do Estado do Paraná, Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua-Pr, Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social-IPARDES, Clube da Cultura de Foz do Iguaçú

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COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA REDAÇÃO DA CARTA DO II CEPIAL;

-POLÍTICA: DIMAS FLORIANI, TERESA RODAS, MARISA BERTOLI, NAIR TAKEUCHI

-EDUCAÇÃO PÚBLICA: HÉLIO HARTMAN, LUZIA MARTA BELLINI, TRISELDA M. DE SOUZA E SILVA, LIZETE SHIZUE B. MACIEL, MARIA L. L.TREVISANI, JOÃO L. GASPARIN, ZÉLIA LEONEL, MARIA L. A. SPERANDIO, MARIA ALBANY PEREIRA DE SOUZA,TOMIKO LUZIA FUJIMOTO.

-MEIO AMBIENTE: BRUNO LUIZ D. DE ANGELIS , GENEROSO DE ANGELIS NETO, CLÁUDIO E. PIETROBOM.

CULTURA: MARLENE APARECIDA WISCHRAL SIMIONATO, LILIAN HARRIET WUNDERLICH VIEIRA, ROSSANA GUIMARÃES COUTINHO MORAES, CÉLIA MAZZO MURA.

O II CEPIAL reunido na Universidade Estadual de Maringá, Paraná, entre os dias 28 de julho e 02 de agosto de 1994, apresentou e debateu um conjunto de trabalhos sob a forma de conferências, palestras, mesas redondas, painéis, oficinas, em torno de quatro eixos temáticos:

1) América Latina e a Política;

2) Educação Pública;

3) Meio Ambiente ( Terra, alimentação, saúde e habitação);

4) Cultura

1) AMÉRICA LATINA E A POLÍTICA

O recente processo político da América Latina vem sendo interpretado, segundo as diversas situações nacionais, como transição ou como consolidação democrática.

A transição, em caso de fracasso, pode implicar o risco do retorno de ditaduras, ou ainda, representar uma indefinição de etapas de superação do estágio anterior.

As transições não resolvem o problema da consolidação futura do regime democrático, porque deixam pendentes problemas herdados dos modelos autoritários: Subsistência do modelo econômico, dos mesmos atores políticos, de instituições corporativas e de elementos culturais baseados em valores antidemocráticos.

Contudo, é uma aspiração dos povos latino-americanos poder aprofundar o processo de democratização, em direção à sua consolidação. Esta, no entanto, exige a superação daquelas condições ligadas ao atual modelo de desenvolvimento social.

Três são os pré-requisitos básicos, intransferíveis e impostergáveis hoje, para América Latina, equivalente ao que se pode considerar como DEMOCRACIA SOCIAL:

1. a redefinição do modelo de desenvolvimento vigente que altere o atual desequilíbrio entre incluídos e excluídos do sistema;

2. o estabelecimento de um novo modelo de relações entre Estado e Sociedade Civil que supere as matrizes do tipo populista, mercantilista, corporativista o classista;

3. a constituição de um sistema institucional e partidário que tenha autonomia e confira aos atores sociais liberdade de organização e possibilidade de atendimento de suas reivindicações

Só assim poderemos falar de, e exercer a CIDADANIA.

O II CEPIAL é, neste sentido, uma manifestação política dos movimentos sociais latino-americanos, associados à Universidade, que entendem ser primordial a mobilização e a organização, e que acreditam na educação como ato crítico para a transformação social.

É possível, sim, acreditar no sonho, quando o mesmo depende de nossa criatividade e de nossa iniciativa. A esta experiência, podemos chamar de INTEGRAÇÃO DOS POVOS. Integração que se sobrepõe à retórica, na medida em que começamos a conhecer-nos mutuamente, a respeitar nossas culturas, e a perceber que é possível lutarmos juntos. A isto podemos chamar de solidariedade; podemos realizá-la pela educação, EDUCAÇÃO PARA A INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA.

Deve-se entender que a integração, enquanto um processo em permanente construção, prevê a criação de mecanismos econômicos, desde que não signifiquem a consolidação de oligopólios nacionais e transnacionais, em detrimento das economias regionais, principalmente aquelas mais frágeis. O MERCOSUL, da maneira como vem sendo implementado, ao priorizar apenas a restruturação de grandes grupos econômicos, está condenando ao desemprego urbano e rural populações dos 4 países, e principalmente dos mais débeis. O MERCOSUL se inscreve na ordem neoliberal, priorizando apenas o mercado e não o desenvolvimento social. O Tratado de Assunção não prioriza a necessidade de garantir os Direitos Humanos, a exemplo do que ocorreu na experiência européia.

A participação, ao nível local, principalmente nos municípios é um desafio que as populações latino-americanas devem enfrentar, na perspectiva de um novo contexto de transformação política, controlando seus governantes, cobrando participação ativa nos processos decisórios.

A cidadania na América Latina será plenamente contemplada, quando homens, mulheres, crianças, negros, brancos, índios, enfim de todas as raças, consigam vencer a discriminação cotidiana no trabalho, no lar, nas ruas, nas instituições educacionais. Uma sociedade que discrimina pessoas por sexo, cor, credo, cultura e opinião, não pode candidatar-se a ingressa na modernidade.

2) EDUCAÇÃO PÚBLICA

O II CEPIAL entende que a imposição hegemônica do neoliberalismo provoca sérias investidas na educação pública de todos os países da América Latina. Diante da tentativa de implantar modelos de gestão privatizante e destruir a conquista da Escola Pública Gratuita e Laica, os congressistas deste II CEPIAL levantaram e sustentaram as seguintes propostas:

1. defender intransigente e permanentemente a Escola Pública, Gratuita e Laica contra as políticas neoliberais através de campanhas e ações políticas;

2. construir formas de integração e de conhecimento entre os povos latino-americanos, promovendo a solidariedade e a identidade cultural da América Latina;

3. lutar por melhores condições de formação, trabalho e autonomia dos professores em todos os níveis de ensino;

4. promover e lutar pela qualificação docente assegurando uma formação permanente por meio de políticas educacionais, sobretudo para professores do ensino fundamental;

5. lutar por movimentos de educação permanente, comprometido com a construção da cidadania de jovens e adultos trabalhadores;

6. Construir Escolas Abertas, desburocratizadas, com currículos e metodologias diferenciadas para atender migrantes e populações de sem-terra em toda América Latina;

7. comprometer, politicamente, as universidades com os vários níveis de ensino, com os movimentos populares e sindicais fortalecendo a sociedade civil;

8. rever o conceito de extensão universitária, assim como o de ensino e pesquisa, vinculando-os a grupos sociais marginalizados e a movimentos populares e organizações sindicais;

9. promover o intercâmbio de estudos e ações e trocas de experiências culturais e educacionais entre os estudantes , professores e organizações não-governamentais;

10. Desenvolver e normatizar estudos da língua espanhola nas universidades e escolas brasileiras como mecanismos indispensáveis para habilitar e ultrapassar a barreira de comunicação entre as línguas;

11. Criar organismos de comunicação que difundam e centralizem as informações relevantes dos diferentes países da América Latina sobre sua realidade educacional, histórico -cultural e étnica que se constituam em políticas e programas sistemáticos;

12. Reconstruir o currículo em todas as áreas do conhecimento e em todos os níveis de ensino, sobretudo no âmbito das ciências humanas ( sociologia e filosofia ) e repensar o

ensino da história, trazendo também a história dos povos e das diferentes etnias da qual é composta a América Latina;

13. Lutar contra toda e qualquer forma de discriminação, violência e censura no interior das instituições promovendo a concientização e apropriação de todos os direitos básicos do ser humano;

14. Superar a tradição escolar que rotula negativamente os educandos e provoca sua exclusão e sua marginalização da escola;

15. Defender o direito ao bilingüismo dos povos indígenas e dos grupos ètnicos que estão à margem da vida social;

16. Ultrapassar as diversas particularidades/ especificidade que alimentam as dicotomias entre a teoria e a prática;

17. Contribuir para uma relação humana e socializada entre a educação, ciência e tecnologia para a melhoria da qualidade de vida do planeta;

18. Promover uma Educação Escolar de Qualidade preparando indivíduos autônomos, criativos que possam construir sua própria cultura;

19. Promover a interdisciplinaridade no processo de escolarização reunindo dois princípios fundamentais: o ensino e a pesquisa;

20. Asssegurar a melhoria das condições da educação pré-escolar, da educação especial e da educação sexual;

21. Integrar e fortalecer o vínculo entre a educação especial e o ensino fundamental;

22. Vincular a educação em geral aos trabalhos de educação comunitária;

23. Exigir a continuidade de políticas sociais e educacionais comprometidas com a construção da cidadania, da solidariedade e da autonomia humana;

24. Exigir a ampliação do percentual de recursos destinados à Educação e garantir a aplicação pelos governos municipais, estaduais e federais;

25. Construir cooperativas de livros que incentivem publicações bilíngüe e o intercâmbio entre a América Latina;

26. Realizar periodicamente em diferentes níveis, seminários e eventos, como forma de organização para cobrança das políticas educacionais e aplicação de recursos;

27. Lutar pela aprovação e transparência do processo da LDB, garantindo as conquistas já alcançadas;

28. Tornar transparente o "Plano Decenal de Educação para Todos" no que diz respeito à efetivação das verbas propostas e o gerenciamento dos recursos pelos órgãos governamentais, assim como a política educacional que o subsidia

Para nós congressistas do IICEPIAL, a luta pela qualidade da educação pública não significa tomá-la em uma dimensão meramente produtiva, mas sim, vivê-la numa dimensão humana e ética, pressupostos para a construção da cidadania e de sociedades mais justas e integradas

3) MEIO AMBIENTE

A América Latina, na diversidade de seus ecossistemas e na pluralidade de sua biodiversidade, constituiu-se num mosaico único a ser preservado para as presentes e futuras gerações.

O compromisso pela preservação do meio ambiente é responsabilidade de cada um e de todos, e compete ao poder público o papel de gerenciar as ações que visem reverter tal situação, em associação com indivíduos, grupos, instituições e organizações não governamentais.

A Educação Ambiental constitui-se no instrumento mais eficaz e de excelência na busca de soluções para os problemas ambientais, visto seu caráter multidisciplinar, sua amplitude, e sua capacidade de correlacionar aspectos de ordem moral, ética, política, social, estética, educacional e cultural. A associação desses pontos ensejará a reversão da mentalidade construída ao longo do tempo dentro de um processo histórico, que não mais contempla os anseios e problemas atuais.

A terra é um bem comum, e como tal há de ser trabalhada e entendida. Sua exploração deve primar por princípios igualitários, e compreendida enquanto fonte esgotável de produção. Por essa razão é mister que todos, indistintamente, tenham acesso às técnicas agrosilviculturais adequadas e condizentes a cada realidade.

"Que não haja terra sem homens nem homens sem terra". Embora as cidades constituam-se numa trama de etnias, culturas e diferentes estratos de poder aquisitivo todos devem ter acesso à educação, moradia, assistência médica e saneamento básico, respeitando-se a individualidade de cada qual, e seu direito a uma vida digna, sem estar privado daquilo que o torna humano.

O processo evolutivo do homem na história tem sido uma constante busca de outras formas de captar energia para dar suporte à vida na face da Terra, e essa só será possível se houver uma otimização e racionalização das fontes energéticas.

A saúde não pode ser vista por um enfoque elitista, nem estar comprometida por critérios intolerantes que reprima, exclua ou elimine os diferentes. Ela não pode ser apartada do conceito de coletividade, a qual todos tenham acesso, nem pode ser instrumento de mercantilização. Ao Estado cabe salvaguardar condições necessárias do acesso universal à saúde. Se faz premente o respeito entre os valores pessoais e profissionais, sem prejuízo à ètica e à moral. A fome é a praga do século, a barbárie maior perpetrada por um Homem contra o outro e, capaz que é de solapar sua dignidade e comprometer todo processo de cidadania, coloca em risco conquistas democráticas em países que, com alto custo, a conseguiram. O Homem não pode ser privado das condições mínimas de sobrevivência, e a sobrevida não é vida.

4) CULTURA

Os trabalhos sobre este tema, desenvolvidos e registrados neste II CEPIAL, trataram a questão cultural sob o enfoque da preocupação em resgatar uma política cultural, que se ajuste aos anseios e ideais da sociedade, de forma a subsidiar o processo de restruturação desta mesma sociedade, restabelecendo sua identidade cultural.

Esteve sempre presente a preocupação em preservar certos valores culturais, em desenvolver a criatividade, e em estabelecer uma política de entrosamento entre os povos latinos, no sentido da troca de informações, da melhoria das estratégias de lutas e mobilizações sociais.

Os meios de comunicação, juntamente com a escola, são considerados veículos vitais para a formação do cidadão; no processo de educação, a prática da leitura, não apenas a leitura alfabetizada, como também a "leitura" da realidade social, é colocada de maneira/enfática para que o cidadão possa pensar e analizar o meio em que vive.

 

Nos países de América Latina é fato a manipulação das informações pelos meios de comunicação, cabendo aos orgãos e organismos expressivos da sociedade, como os sindicatos e as escolas, promoverem articulação e a socialização de tais informações ao povo oprimido, possibilitando um maior interesse pelas questões sociais e culturais no sentido de viabilizar o intercâmbio entre os países e a integração pelas mesmas causas.

Debateu-se acerca dos motivos que movem os homens para o resgate de sua memória, sendo levantadas nesse debate duas hipóteses para essa busca de preservação do passado: a crise em que estamos inseridos com a falta de perspectivas com relação ao futuro, de um lado, e, de outro a importância e a necessidade da memória para formação da identidade de um povo.

Interesses políticos permeiam o processo do resgate da memória, seja em que época for. Dentro deste contexto, debateu-se o papel da linguagem e o problema de sua decodificação, que dificulta uma maior democratização do saber e, conseqüentemente, da cultura como um todo. É chegado o momento de se elaborar uma política cultural diferente, de recusa aos meios formais que não compactuam com a realidade latina. A integração é necessária; a diversidade cultural é muito importante, é o elemento que poderá possibilitar a verdadeira integração entre os povos latino-americanos.


ANO-1995

"Que 1995 inspire uma nova ordem mundial:

a dos direitos humanos.

Que as crianças possam brincar e sonhar

Sem que a violência lhes confisque

o direito de serem crianças"

(Mensagem da CASLA, por ocasião da passagem do ano novo)

 

FEVEREIRO DE 1995

ASSESSORIA AO SETOR DE HUMANAS DA UFPR PARA CRIAR O CENTRO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS.

MARÇO DE 1995

- INICIA A ATIVIDADE DOMINICAL QUINZENAL "CAFÉ DA MANHÃ", CUJA FINALIDADE PRINCIPAL É A CONFRATERNIZAÇÃO E REPASSE DE INFORMAÇÕES SOBRE A CONJUNTURA NA AMÉRICA LATINA.

Palestra: A GUERRA DE CHIAPAS.

Palestrante: PROF. ANGEL SALDAÑA, COORDENADOR DO CELADEC PARA CENTROAMÉRICA E MÉXICO

Palestra: A MULHER LATINO AMERICANA a convite da UNIOESTE. Local: SESC. CASCAVEL

Palestrante: GLADYS DE S. Vice-Presidente da CASLA e Coord. Geral do CILA

- Palestra: A MULHER LATINO AMERICANA, A CONVITE DA FACITOL E SECRET. MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. LOCAL: CÂMARA MUNICIPAL DE TOLEDO -PR

Palestrante: GLADYS DE S. Vice-Presidente da CASLA e Coord. Geral do CILA

- sobre o mesmo tema a Dra. Gladys participou de um DEBATE NA TV TAROBÁ DE CASCAVEL -PR

- REUNIÃO DA DIRETORIA E COLABORADORES DA CASLA/CILA PARA PROGRAMAR ATIVIDADES RELATIVAS AOS 10 ANOS DE EXISTÊNCIA DA ENTIDADE.

- PROJEÇÃO DE VÍDEO SOBRE A SITUAÇÃO ECONÔMICA E POLÍTICA DO MÉXICO (PRIMERA PARTE)

Local: ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA DO URUGUAI.

- CAFÉ DA MANHÃ NA CASLA

Palestra: A CULTURA PARAGUAIA APÓS A DITADURA MILITAR.

Palestrante: CÔNSUL DO PARAGUAI, ENG. LEOPOLDO OSTERPAK

- PROJEÇÃO DO FILME SOBRE A GUERRA DE CHIAPAS ( SEGUNDA PARTE)

Local: ESCOLA ESTADUAL REPÚBLICA DO URUGUAI.

- APOIO ao Curso de Especialização "MARXISMO OCIDENTAL" promovido pelo DEPART. DE FILOSOFIA DA UFPR.

ABRIL DE 1995

- CAFÉ DA MANHÃ NA CASLA

PROJEÇÃO DO FILME: "O ÚLTIMO FAZEDOR DE CANOAS" DA CINEASTA PARANAENSE FERNANDA MORINI, PRESENTE AO ENCONTRO;

PROJEÇÃO DO FILME: A GUERRA DE CHIAPAS.

DEBATE SOBRE AS QUESTÕES LEVANTADAS NOS DOIS FILMES.

- REUNIÃO NA SEDE DO CILA COM O PRO-REITOR DE EXTENSÃO DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA , PROFESSOR OSVALDO CALZAVARA, PARA TRATAR DE ASSUNTOS RELACIONADOS COM A ORGANIZAÇÃO DO III CEPIAL. O Dr. OSVALDO CALZAVARA REITEROU O COMPROMISSO ASSUMIDO PELO REITOR DA UEL

- PROJETO EDUCATIVO CULTURAL

OS PRESIDENTES DA CASLA E DO CILA FORAM CONVIDADOS PELO PREFEITO MUNICIPAL DE CAMPO MOURÃO, SR. RUBENS BUENO, PARA PARTICIPAR DE UM FORUM DE CULTURA , ONDE SECRETÁRIOS DE CULTURA DE VÁRIOS MUNICÍPIOS DO PARANÁ ESTIVERAM PRESENTES PARA DISCUTIR, DENTRE OUTROS TEMAS, A CULTURA E O MERCOSUL. NA OCASIÃO FOI SOLICITADO À CASLA/CILA QUE SUBSIDIASSEM NA ELABORAÇÃO DE UM DOCUMENTO SOBRE O TEMA; PARA SER ENTREGUE AO MINISTRO DA CULTURA, DR. FRANCISCO WEFORT E AO SECRETÁRIO ESTADUAL DE CULTURA, DR. EDUARDO DA ROCHA VIRMOND, QUE ESTARIAM NA CIDADE A CONVITE DO PREFEITO.

A CASLA/CILA, ATRAVÉS DE SEUS PRESIDENTES, PARTICIPARAM TAMBÉM DE REUNIÃO COM OS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DO PLANEJAMENTO, DA EDUCAÇÃO, DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO, A DIRETORIA DA FACULDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS E LETRAS DE CAMPO MOURÃO( FECILCAM), PARA DISCUTIR O PROJETO EDUCATIVO CULTURAL DA CASLA/CILA, ENTREGUE TAMBÉM, NA OCASIÃO, AO MINISTRO DA CULTURA.

OS REPRESENTANTES, DA CASLA/CILA PARTICIPARAM DA PROGRAMAÇÃO OFICIAL E, DURANTE O JANTAR OFERECIDO AO SR. MINISTRO, ENTREGARAM AO MESMO O PROJETO EDUCATIVO CULTURAL QUE DESPERTOU SEU ENTUSIASMO E O DESEJO DE QUE ESTE PROJETO FOSSE IMPLANTADO NÃO SOMENTE NO PARANÁ MAIS, TAMBÉM, NOS DEMAIS PAÍSES QUE COMPÕEM O MERCOSUL.

- AUDIÊNCIA COM O SECRETÁRIO DE ENSINO SUPERIOR, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DR. ALEXANDRE FONTANA BELTRÃO. O SR. SECRETARIO, SOLICITOU NOSSO PARECER SOBRE COMO DEVERIA SER A ESTRUTURA FUNCIONAL DA UNIVESIDADE DAS AMÉRICAS E TAMBÉM A RESPEITO DO NOME A SER DADO À INSTITUIÇAÕ-UNIVERSIDADE DAS AMÉRICAS OU UNIVERSIDADE LATINO-AMERICANA. NOSSA OPINIÃO É QUE A UNIVERSIDADE LATINO-AMERICANA (DE ACORDO AO PROJETO ENTREGUE A VICE-GOVERNADORA E AO PRÓPRIO GOVERNADOR DO PARANÁ) DEVE SER UMA UNIVERSIDADE ABERTA A TODOS, INDEPENDENTE DE GRAU DE FORMAÇÃO, FORMADO POR CENTROS DE EXCELÊNCIA INSTALADOS NAS UNIVERSIDADES E FACULDADES ASSOCIADAS TENDO O CARÁTER INSTITUCIONAL DE FUNDAÇÃO.

- CAFÉ DA MANHÃ,

Palestra: EL SALVADOR - MODO DE VIDA DO POVO

Palestrante: CÔNSUL DE EL SALVADOR, SRA. CAROL PADILLADE CANESTRARO

ASPECTOS SOCIO-CULTURAIS DO SEU PAÍS. PROJEÇÃO DE "SLIDES", REVELANDO AS BELEZAS DO PAÍS.

 


ANO 1996-2000

Deu-se continuidade, após 1997, a diversos projetos educacionais e culturais. A CASLA participa da Comissão Cultural Curitiba Pró-Mercosul, sendo autora de diversas propostas concretas. Destaca-se principalmente o projeto aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores da cidade de Curitiba e sancionado pelo atual Prefeito, Cássio Taniguchi, ou seja, a criação de um Parque da Cultura Latino-americana (Lei no. 9644, de 26 de agosto de 1999). A Secretaria Municipal de Meio Ambiente firmará convênio com a CASLA para que esta última coordene as atividades educacionais e culturais do Parque.

Os desafios e as responsabilidades hoje, para a Casa Latino-americana, são enormes, no sentido de assegurar este trabalho tão importante na divulgação, sistematização e encaminhamento de propostas voltadas para o desenvolvimento social integrado dos povos latino-americanos, pela via educacional e cultural. Este trabalho trará resultados se cada uma das instituições envolvidas com este projeto souber criar as condições interna e externamente para, de forma associada, permitir dar continuidade ao mesmo.

É cedo ainda para a CASLA retirar-se da condução deste projeto. Necessita estar presente e à frente desta iniciativa, instigando, organizando, cobrando, enfim explicitando os rumos políticos, na perspectiva dos direitos humanos, da cidadania e do desenvolvimento social integrado.

Queremos prestar homenagem aqui, em nome de todos, a milhares de pessoas que participaram e participam de uma forma ou de outra, do nosso projeto de uma América Latina menos injusta, mais solidária e mais latino-americana.


ANOS 2001-2006

Criação do Portal www.casla.com.br através do qual se divulgam notícias, artigos sobre os mais diversos assuntos educacionais e culturais, bem como endereços de portais do mesmo gênero, disponibilizando gratuitamente o seu acesso a escolas, estudantes, e demais interessados do Brasil, da América Latina e do mundo.

2005 – Homenagem da Assembléia Legislativa à CASLA, proposta pela Deputada Estadual Luciana Rafagnin.

2005-2006 – Assessoria jurídica gratuita aos migrantes latino-americanos, para regularização de sua permanência no país. Acadêmicos de Direito analisam e encaminham as diversas demandas jurídicas por parte dos imigrantes de diversos países da América Latina.

2005-2006 – Convênio com a UFPR (Departamento de Ciências Sociais) para a realização do curso de especialização (pós-graduação lato sensu) em Relações Internacionais. Já estão em andamento os dois primeiros cursos, com mais de 30 alunos em cada turma.

2006 – Terceiro Curso de Especialização em Relações Internacionais convênio com a UFPR. Convênio e parceria com a UNIBRASIL, para a realização do curso de pós-graduação lato sensu em “Diplomacia e Negociações Internacionais”, cuja primeira turma já está em andamento.

2007 - Projeto ‘Midias Convergentes”. Produção de DVDs com entrevistas sobre agricultura familiar e agroecologia. Projeto financiado pelo MDA/SAF/PNUD.

2007 - Programa de entrevistas de 30 minutos para a TV da UFPR (Canal 15 da NET e Canal 70 da TVA, sobre temas culturais, políticos e sociais da América Latina, com o nome de ‘ AMÉRICA LATINA VIVA’, no ar todas as sextas (a partir das 20 horas) e sábados e domingos durante o dia. Este programa iniciou no mês de junho/07 e a programação já tem gravados 18 programas de entrevistas.

2007– Semana da Cultura Paraguaia no Paraná, em parceria com a Secretaria da Cultura do Estado do Paraná, e Erepar (Escritório de Representação do Itamarati no Paraná).

2007 – Co-participação na organização do Fórum Social do Mercosul (Curitiba, 5,6 e 7 de julho), com a mesa: Mídia e Comunicação.


2008

Março – Início da turma IV do curso de pós-graduação em Relações Internacionais em parceria acadêmica com a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Abril
26/04 a 28/04 - Fórum Social do Mercosul.
Participação da CASLA e do movimento Code Pink na plenária “Mulheres contra a guerra e pela paz”. Estande para conscientizar a população de Curitiba das atividades do movimento. A participação foi noticiada no endereço eletrônico da CASLA: http://www.casla.com.br/casla/eventos/260408/
30/04 – Início dos Ciclos de Seminários “Atualidades da Política Internacional”, com o Dr. Dimas Floriani. Sobre os temas Globalização, Democracia e Terrorismo; O Poder Global; Aproximações à América Latina; A Nova Face do Império.

Maio
10/05 – Sabores e Saberes no Café Filô. Foi realizado na sede da CASLA jantar com exibição do filme "La Frontera" - Chile, dirigido por Ricardo Larraín.
La Frontera – Sinopse
Durante os últimos anos do governo militar chileno, Ramiro Orellana é condenado ao exílio dentro de seu próprio país. Levado para a zona da fronteira, terra fria e desolada ao sul do Chile, que possui uma história cheia de lendas e maremotos.
O universo da fronteira está arraigado com o realismo mágico latino-americano, com singulares personagens que mesclam os mitos com a realidade.
Um mergulhador obcecado em encontrar as origens dos maremotos, um padre canadense que divide seu trabalho de missionário e suas crenças com um velho refugiado da Guerra Civil espanhola e uma... Todos estes personagens formam um heterogêneo contexto onde Ramiro vive seu exílio.
19/05 – Participação do Fórum do Conselho Comunitário de Segurança, sobre o tema: “Violência Contra a Mulher – Lei Maria da Penha”.

26/05 – Exibição do documentário boliviano “La guerra del Água” (Bolivia, La Guerra del Agua / Doc. / 40 min. / 2007 / espanhol.)
La guerra del Agua – sinopse
Em abril de 2000 um levantamento social em Cochabamba, Bolívia, expulsou do país a multinacional norte-americana BECHTEL, uma das mais poderosas do mundo, sócia majoritária da Empresa Aguas del Tunari, que impôs aumentos abusivos das tarifas de água, afetando também os direitos milenares dos povos indígenas sobre o uso solidário da água. A denominada Guerra da Água evidenciou uma contradição central em torno da água no mundo atual: privatização versus bem comum.

Julho
08/07 - Estabelecimento de convênio acadêmico com a Faculdade de Artes do Paraná (FAP) para operacionalização das atividades do curso de pós-graduação em Relações Internacionais.

Setembro
- Início da turma do curso de Inglês. Do centro de Línguas da CASLA.
- Abertura da turma V do curso de pós-graduação em Relações Internacionais.
18/09 – Participação da CASLA no ato de Solidariedade ao Governo de Evo Morales a ao Povo Boliviano.
Realizou-se na Boca Maldita ato popular de Solidariedade ao Governo de Evo Morales e ao Povo Boliviano, movimento pela soberania de democracia da Bolívia.

Dezembro
01/12 - Entrega do prêmio “Pablo Neruda de Direitos Humanos” pela Câmara Municipal de Curitiba à CASLA em ato solene no Palácio do Rio Branco
16/12 - Estabelecimento do convênio acadêmico com a Universidade Bezerra de Menezes para a operacionalização dos cursos de pós-graduação em Relações Internacionais


2009

28/03/09 - Abertura da 6ª turma de Pós Graduação em Relações Internacionais – CASLA/ Faculdade de Artes do Paraná
26/05/09 - Encontro Latino-Europeu. Em parceria com a UCL – Bélgica. Participação da Profª Dra. Izabel Yepez (UCL-BELGIQUE)
09 até 11/09/09 – I Encontro Curitibano de Relações Internacionais – reunião de estudantes de relações internacionais sobre temas da atualidade. Palestrantes convidados: Prof. Dr. Paulo Visentini (UFRGS), Prof. Dr. Pedro Bodê (UFPR), Prof. Dr. Rafael Villa (USP), Prof. Dr. Dimas Floriani (UFPR), Profª Dra Cristina Pecequilo (USP), Prof. Dr. Luiz Fernando Lopes Pereira (UFPR).
29/09/09 - Debate sobre o Golpe em Honduras – debatedores: profª Karla Gobo (USP); Prof Miguel Baez (APP-Sindicato e CUT-PR), Jornalista Pedro Carrano (Brasil de Fato)

26/10 a 30/10/09 – Curso de extensão: Insegurança Internacional no Pós Guerra Fria. Contou com a participação dos professores:
- Prof. Dr. Alexsandro Eugenio Pereira, tema: Terrorismo Internacional;
- Prof. Dr. Pedro Bodê, tema: Narcotráfico;
- Prof. Dra. Gislene Santos, tema: Imigração Internacional;
- Prof. Drando Rui Dissenha, tema: Tráfico Humano.

12/11/09 - Debate sobre eleições no Uruguai, participaram como debatedores o cônsul do Uruguai, Bruno Faraone, o Dr. Dimas Floriani (UFPR), prof. Miguel Baez (APP).

20/11/09 – Exibição do Filme: Lumumba e debate sobre o tema Descolonização Hoje


2010

18/01/10 - Campanha de Donativos ao Haiti. Várias entidades participaram de reunião para formação do Comitê Para Emergências na América Latina, para realizar uma campanha de arrecadação para as vítimas do terremoto no Haiti. Entre elas: Defesa Civil Municipal e Estadual, Instituto RPC, Serpaj, Caritas-PR, ASP – PR, Senge, Sindijor.

26/02/10 – Inauguração da Rede de Diálogos de Saberes e Práticas Socio-Ambientais – RESOA. Rede mundial de pesquisadores sobre sociobiodiversidade.

22/03 até 26/03/10 – Curso de Extensão: A ascensão da América Latina no cenário internacional a partir do século XX. Palestrantes:
- Prof. Dr. Renato Carneiro, tema: Fundamentos Históricos e Políticos das relações latino-americanas;
- Prof. Msc. Rafael Pons Reis, Imperialismo: o Soft-power norte americano na América Latina durante o século XX;
- Profª.Dra. Karla Gobo O papel hegemônico do Brasil na América Latina a partir da década de 90;
- Profª. Msc Jeniffer Tammy Gusso Zarpelon A importância do petróleo: o caso brasileiro e o venezuelano.

10/04/10 - Início da 5ª Tuma da Pós-Graduação em Relações Internacionais parceria CASLA/ UFPR

 

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